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Na câmara suboficial da Marinha dá pito em generais: sem a tropa general não faz nada

por Sociedade Militar Publicado em 25/04/2024
Na câmara suboficial da Marinha dá pito em generais: sem a tropa general não faz nada

Na Câmara dos Deputados, em audiência pública na Comissão de Legislação participativa, onde nessa quinta-feira (25/04/2024) se discutia questões salariais dos militares das Forças Armadas. A suboficial da reserva remunerada Rosemira, uma das primeiras mulheres a ingressar nas Forças Armadas brasileiras, questionou os parâmetros utilizados pelas Forças Armadas na última legislação aprovada, que após a sanção em 2019 atribuiu maiores percentuais para a cúpula do Exército, Marinha e Força Aérea, alegando pressupostos meritocráticos.

A militar, na reserva remunerada, explicou que os graduados da força, assim como os oficiais generais, são todos concursados, incluindo aí os militares dos quadros especiais de sargentos, que acabaram ficando com percentuais de reajustes próximos de zero ao longo dos últimos 5 anos enquanto a cúpula das Forças Armadas recebeu aumentos significativos em seus salários, o que é apontado por deputados de esquerda como uma espécie de compra de apoio feita pelo último governo.

Falas de Willian Waack

Rosemira aproveitou para dar um pito no jornalista Willian Waack, que ao criticar Lula por receber militares graduados na reserva remunerada, se referiu aos mesmos no diminutivo, chamando-os de “pracinhas”. Na ocasião não houve infrações disciplinares no fato do atual presidente receber militares da reserva. Estes tem o direito estabelecido por lei para discutir qualquer assunto incluindo aí questões remuneratórias e políticas. A única discussão proibida para todos os militares é a eventualmente relacionada a questões de caráter reservado atinentes a atividades militares.

Durante sua fala a militar deu um pito nos generais ao relembrar que militar não pode mentir, se referindo ao compromisso firmado de que ao passar no Senado a lei de reestruturação de salários aprovada no início do governo Bolsonaro seria rediscutida para sanar prejuízos e omissões que fizeram com que militares de baixas patentes ficassem com índices bem menores do que receberam os membros da cúpula armada, os generais, almirantes e brigadeiros.

Faltar com a verdade

faltar com a verdade é uma coisa muito séria… nenhum suboficial é sem concurso, cadê a meritocracia. Falam que os QEs não tem concurso, pelo menos os da marinha tem… porque uma lei de trÊs Forças Armadas quer unificar tudo, cada um tem as suas características… e a gente fica ouvindo general falar que não…

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