O governo de Minas Gerais anunciou a intenção de aumentar em 3% a contribuição previdenciária dos militares do estado, medida que visa financiar os serviços dos hospitais militares.
A proposta, que eleva a alíquota de 10,5% para 13,5%, gerou descontentamento entre a categoria, com a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra/PMBM) ameaçando paralisação caso a medida seja aprovada.
Aumento da contribuição para custear hospitais militares
O governo mineiro argumenta que o aumento da contribuição é necessário para garantir a sustentabilidade dos hospitais militares, que enfrentam dificuldades financeiras. Segundo o governo, a medida é necessária para “assegurar a qualidade dos serviços prestados aos militares e seus familiares”.
Militares contestam aumento e ameaçam paralisação
A proposta do governo, no entanto, foi recebida com forte rejeição por parte dos militares. O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais( Aspra/PMBM), subtenente Heder Martins de Oliveira, alerta para a possibilidade de paralisação, ante a insatisfação dos militares afetados.
“A consequência disso é a insatisfação da categoria. A depender, se a gente não conseguir melhorar essa questão dentro da Assembleia Legislativa, eu não descarto a paralisação. Eles estão tirando dinheiro do bolso e deixando a gente sem saúde. Ele quer arrecadar conosco entre R$ 350 e R$ 400 milhões por ano”, disse Oliveira.
A opinião de Heder é compartilhada pelo subtenente Wesley da Silva Soares, Representante da Associação Central Única dos Militares Estaduais de Minas Gerais (Cume):
“É mais uma dificuldade apresentada pelo governo. A gente não está em posição de aumentar nossa contribuição para a saúde, sendo que a vida financeira de muitos não está assegurada. Esse governo está realmente querendo acabar com a segurança pública. É um sucateamento do nosso IPSM”, declara o subtenente Oliveira.
Cenário incerto para o futuro dos hospitais militares
O governo estadual afirmou estar aberto ao diálogo e às negociações.
O futuro dos hospitais militares de Minas Gerais permanece incerto. O governo insiste na necessidade do aumento da contribuição, enquanto os militares se organizam para resistir à medida. Resta saber se o governo cederá às pressões da categoria ou se a paralisação dos serviços militares se tornará realidade.
Fonte: O Tempo