De acordo com o Ministério da Defesa russo, o país abateu 53 drones ucranianos, a maioria dos quais tinha como alvo a região sul de Rostov. Ao mesmo tempo, o Kremlin alertava que a Rússia e a OTAN agora estão em “confronto direto” sobre a Ucrânia.
O ministério disse que “ataques terroristas com drones aéreos” durante a noite e na manhã de sexta-feira no entanto não obtiveram êxito, acrescentando que 44 desses drones caíram próximo à Rostov, onde está localizada a sede da campanha russa na Ucrânia.
Vasily Golubev, governador de Rostov, confirmou na manhã de sexta-feira que unidades de defesa aérea destruíram mais de 40 alvos aéreos. No entanto, uma subestação de eletricidade tenha sido danificada.
De acordo com o governador, os ataques se concentraram no distrito de Morozovsk, a nordeste de Rostov, que fica na fronteira leste da Ucrânia. Golubev disse que estão em andamento trabalhos sobretudo para restaurar o fornecimento de energia nas áreas afetadas.
Outros drones foram abatidos nas regiões de Kursk, Belgorod e Krasnodar, de acordo com a agência de notícias RIA. Não houve relatos de vítimas.
A Ucrânia lança há meses ataques de drones em várias regiões fronteiriças, enquanto tenta repelir o avanço das forças russas.
‘Confronto direto’
À medida que as nações em guerra continuam a trocar tiros, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que é urgentemente necessária mais ajuda para a Ucrânia.
De acordo com Blinken. o apoio à Ucrânia é especialmente importante, uma vez que países como a China, a Coreia do Norte e o Irã estão ajudando a Rússia a construir a sua base industrial de defesa.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, diz que “os aliados compreendem a urgência” da situação na Ucrânia e a necessidade de novas defesas aéreas adicionais.
Já de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as relações entre a Rússia e a OTAN “caíram agora para o nível de confronto direto”. Segundo Peskov, a OTAN “já estava envolvida no conflito em torno da Ucrânia [e] continua a avançar em direção às nossas fronteiras e a expandir a sua infraestrutura militar em direção às nossas fronteiras”.
A aliança militar expandiu-se com a entrada da Finlândia no ano passado e da Suécia em Março. A entrada pôs fim a décadas de neutralidade, devido às preocupações crescentes sobretudo com a agressão da Rússia na Europa após a invasão da Ucrânia.