O Brasil, frequentemente castigado por desastres naturais, enfrenta uma significativa falta de cobertura de seguros, deixando muitos brasileiros vulneráveis e desprotegidos.
De acordo com Isabel Blazquez Solano, CEO de resseguros da Aon Brasil, o mercado segurador local foi capaz de cobrir apenas 5% das perdas econômicas geradas por eventos climáticos extremos em 2023.
Este percentual alarmantemente baixo reflete uma grave lacuna na proteção oferecida aos cidadãos e empresas do país, especialmente quando comparado ao recorde global de US$ 118 bilhões em perdas seguradas decorrentes de desastres naturais no mesmo ano.
A falta de cobertura é particularmente crítica em áreas como São Sebastião, no litoral paulista, onde fortes chuvas causaram destruição massiva e desalojaram milhares de pessoas.
Estamos buscando a marca de 10 mil seguidores no INSTAGRAM da Revista Sociedade Militar, clique abaixo para seguir
Clique aqui para seguirMuitos dos afetados encontram-se sem suporte financeiro adequado para reconstruir suas vidas, dada a limitada penetração de seguros adequados a tais riscos.
Esta realidade não só aumenta o peso sobre as finanças das vítimas, mas também sobre os recursos do governo, frequentemente chamado a intervir em situações de emergência e reconstrução.
Em resposta a essa situação, especialistas e autoridades discutem medidas para ampliar a cobertura e acessibilidade dos seguros.
Propostas incluem o desenvolvimento de novos produtos que possam atender de forma mais eficaz às necessidades da população exposta a esses extremos climáticos.
Em recente audiência na Câmara dos Deputados, foram debatidos mecanismos como o seguro social contra catástrofes e o aumento dos recursos do Programa de Subvenção do Prêmio do Seguro Rural, sugerindo uma mobilização tanto do setor público quanto privado para mitigar os impactos desses desastres no futuro.
Fonte: Valor Econômico