Militares candidatos teriam sido PUNIDOS por sua tentativa de representar a categoria no legislativo.
Passadas as eleições de 2014 os militares que se licenciaram para concorrer a cargos políticos retornam para suas organizações militares. Ha algum tempo – quando o militar exercia seu direito de cidadão, ao se candidatar a algum cargo político – vivia sob temor de algum tipo de sanção não oficial, como transferência de função, ou mesmo de cidade.
Há alguns anos a Folha de São Paulo publicou o seguinte: Militares acusam Exército de punir atuação política – Após as eleições, ao menos 50 oficiais e praças não-eleitos foram transferidos de guarnições – Apesar do rigor da disciplina, militares se organizam para entrar com ação coletiva exigindo voltar a postos que estavam antes de se licenciar…
A matéria divulgada pela Folha de S. Paulo, em 28 de dezembro de 2008, traz declarações de um capitão do Exército, que afirma a existência de “manobra do Exército de transferir militares que concorreram nas eleições municipais”. As transferências teriam sdo confirmadas por ofício, assinado pelo chefe de gabinete do comandante do Exército.
Sobre esse assunto o livro Militares pela cidadania, publicado em 2008, com base em depoimento de um dos fundadores da APEB, Traz o seguinte:
Os fundadores da APEB, segundo conta um ex-sargento, hoje advogado, logo foram vítimas de várias sanções, todos foram compulsoriamente transferidos “por motivo de serviço” para outros locais da federação. Todavia isso ocasionou um efeito contrário ao esperado pela Administração do Exército. O entrevistado, que é um dos fundadores da instituição, diz que: “isso fez brotar em cada cidade onde um "caboclo" desses "caiu" uma nova célula, daí as regionais do Rio, PB, RN etc.{jcomments on}
No que diz respeito ao artigo da Folha, o exército respondeu: … quando o militar que deseja concorrer a um cargo, ele se afasta da função. Assim, de acordo com o Centro, deixa vago seu cargo, que deve ser preenchido por outra pessoa. Quando retorna à Força, caso não seja eleito, precisa ser transferido porque sua vaga anterior não existe mais. O Exército informa ainda que concorreram 20 oficiais e 66 praças. Dos oficiais, 12 (60%) foram transferidos. Entre praças, 43 foram transferidos -o que corresponde a 65%. Só em 2008, foram realizadas transferências de 7,8 mil oficiais e 13,3 mil subtenentes e sargentos. "[Transferências] ocorrem independentemente do militar ser ou não ex-candidato", responde o Exército.
dados de: https://correio-forense.jusbrasil.com.br/noticias/482202/candidatos-militares-acusam-exercito-de-punir-atuacao-politica
https://sociedademilitar.com.br