A pressão pela reposição inflacionária cresceu depois que Bolsonaro falou em conceder reajustes salariais para os policiais. Outras categorias do funcionalismo passaram, em uma grande escalada, a questionar a própria dificuldade e muitas já fazem paralização. A discussão sobre o assunto e o temor que o governo possui de ter de tratar com uma onda de greves poucos meses antes das eleições acaba trazendo a possibilidade de reajuste salarial para os militares das Forças Armadas, que já haviam ficado de fora dos planos do presidente Jair Bolsonaro.
O governo somente ia conceder aumentos para a polícia federal e algumas categorias ligadas à segurança pública. Mas, após a onda de reclamações o Ministério da Economia já estuda algumas possibilidades.
Siga a Revista Sociedade Militar no Instagram e fique atualizado com conteúdo exclusivo em tempo real!
Clique aqui para seguirA primeira opção seria conceder apenas uma espécie de abono, na forma de auxílio alimentação no valor de 400 reais. A opção é a mais econômica pois seria apenas para os servidores civis e em atividade. Com essa medida o governo gastaria algo em torno de 1.7 bilhões de reais, exatamente o que deixou reservado para o reajuste dos policiais.
Outra possibilidade seria conceder um reajuste linear de 4% ou 5% a todos os servidores federais a partir de julho deste ano. Nessa opção os servidores militares das Forças Armadas seriam alcançados, a não ser que Bolsonaro os retire do eventual projeto de lei.
O custo para essa alternativa seria em torno de 5 a 6 bilhões de reais apenas para o restante de 2022.
O terceiro cenário, o pior pra quase todo mundo, incluindo os militares, é utilizar a verba reservada de 1.7 milhões para o fim pela qual foi articulada, conceder um reajuste salarial para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários e – quem sabe – para as carreiras que já estão criando problemas para o governo com suas paralizações, que são Receita Federal e do Banco Central.
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