O ex-deputado federal e ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo é uma das poucas pessoas públicas realmente dedicadas a estudar com profundidade a História do Brasil e não a discussões sem sentido e vazias de propostas, como se vê hoje na grande mídia e principalmente nas redes sociais.
Contudo, não olha apenas para o passado, mas mantém os olhos sempre abertos na direção do futuro, propondo soluções para os problemas brasileiros, tendo como norte o interesse e a soberania nacional, sem os quais estamos dispersos e desprotegidos ante nações bastante interessadas em nossos recursos; em especial no que a Amazônia tem a oferecer.
O livro
Por essa razão acaba de lançar, o ex-ministro, seu livro O Quinto Movimento: propostas para uma construção inacabada, no qual defende a tese de que o Brasil passou por quatro importantes momentos de unidade nacional em torno da ideia projeto de país. Em entrevista ao jornal O Liberal Rebelo explica
“O primeiro foi de 1500 até 1750 e abrange a base física do território; o segundo ocorreu até a declaração da Independência, em 7 de setembro de 1822, período em que foram representativas as figuras de Tiradentes, D. Pedro I e José Bonifácio; o terceiro movimento compreende o período de 1822 até a Abolição da Escravatura, em 1888, e envolve a concepção de unidade e integridade territorial do país; e o quarto período vai da Proclamação da República, em 1889, até os dias atuais, destacando a repercussão do debate entre apoiadores e opositores do ex-presidente Getúlio Vargas nos projetos econômicos e políticos do país.”
O livro trata justamente da necessidade de unidade do Brasil em torno do Quinto projeto de país “para nortear as ações e projetos que visem retomada do desenvolvimento como forma de enfrentar a crise econômica e combater as desigualdades sociais.”
O Quinto projeto e a questão nacional
Este Quinto projeto teria a Amazônia como ponto central para o desenvolvimento do país.
“A Amazônia ocupou esse destaque para o bem porquê, de fato, ela tem uma contribuição importante na proteção do meio ambiente do mundo, mas também para o mal porque é alvo da cobiça dos interesses externos que temem a nossa concorrência na área da agricultura, da pecuária, do minério, da indústria madeireira, da biodiversidade”, avalia o escritor, que ressalta o papel que a região pode desempenhar nessa nova era.”