O comando do Exército Brasileiro, liderado pelo general Tomás Paiva, determinou estudos para o aumento permanente do efetivo militar na região amazônica em cerca de 3 mil homens. A medida visa enfrentar a crise instalada na Terra Indígena Yanomami, onde a presença ilegal de garimpeiros tem gerado sérios problemas humanitários. A informação é da Folha de São Paulo.
A região enfrenta uma crise alimentar devido à contaminação dos rios pelo garimpo, o que prejudica a pesca e priva a população indígena, principalmente os Yanomamis, de uma importante fonte de proteína. Além disso, surtos de malária têm sido registrados, agravando ainda mais a situação.
A ordem de aumento do efetivo militar foi emitida em resposta à intensificação do conflito na região, onde garimpeiros têm dominado vastas áreas, impactando diretamente a vida dos povos indígenas. A proposta inclui também o estabelecimento de dois destacamentos militares nos leitos dos rios Uraricoera e Mucajaí, visando melhorar a logística de transporte de pessoal e suprimentos na área.
No entanto, há outros graves desafios a serem enfrentados, incluindo dificuldades orçamentárias para aumentar a frota de helicópteros do Exército na região. Além disso, o remanejamento de soldados para a Amazônia é complicado, segundo o general Paiva, devido ao plano de redução do efetivo militar até 2029.
A crise na Terra Indígena Yanomami tem provocado uma série de debates políticos e institucionais, com diferentes órgãos do governo buscando soluções para o problema. A Casa Civil solicitou propostas de ação permanente no território indígena, visando combater o garimpo ilegal e garantir o acesso a serviços de saúde para os Yanomamis após o término da ação emergencial.