O Exército Brasileiro anunciou a abertura de um inquérito para investigar a suspeita de adulteração de placa de um carro oficial. O veículo, conduzido por um cabo do Departamento de Ensino e Cultura do Exército (Decex), foi apreendido após entrar no pátio de estacionamento da Polícia Federal no Rio de Janeiro com a primeira letra e o número final das placas dianteira e traseira apagados.
O tenente-coronel Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, que é alvo da operação Tempus Veritatis, ou “hora da verdade”, foi levado ao local para prestar depoimento em investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado.
A operação Tempus Veritatis faz referência à suposta articulação golpista para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, com o objetivo de “viabilizar e legitimar” uma intervenção militar, assim como a abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Em nota, o Exército afirmou que uma averiguação preliminar indica a possibilidade de não ter havido dolo ou intenção de adulterar a placa, cujos caracteres teriam sido desconfigurados pelo descolamento de uma película protetora. O estado de conservação do veículo e de seus acessórios fica a cargo da equipe de manutenção, assim como do motorista da viatura, ambos, alvos do inquérito aberto em função do incidente.
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Clique aqui para seguirO caso foi encaminhado ao Ministério Público Militar para que seja investigado eventual crime militar. O veículo foi apreendido e ninguém foi preso. O motorista, também em depoimento, negou que a placa tenha sido adulterada e disse que a mesma estava deteriorada, segundo ele provavelmente em razão do tempo, e que já existia um processo de troca.
Os agentes da delegacia comunicaram o incidente ao Comando Militar do Leste, que prometeu uma investigação completa e a aplicação de medidas cabíveis. O veículo envolvido foi apreendido, porém, não houve prisões.
Fonte: G1