
A segurança dos caças no convés de porta-aviões é um dos aspectos mais cruciais para a operação dessas gigantescas embarcações militares. Avanços tecnológicos e medidas de segurança rígidas garantem que os caças permaneçam fixos, mesmo durante as tempestades mais violentas.
No entanto, eventos imprevistos, como tempestades repentinas, ainda podem levar à queda dessas aeronaves no mar, evidenciando que, apesar das precauções, o risco nunca é completamente eliminado.
Em 2018, um caso notável ocorreu quando um caça F/A-18 Hornet escorregou do convés do USS Theodore Roosevelt ao tentar pousar em condições marítimas adversas.
O piloto conseguiu ejetar com segurança, mas a aeronave foi perdida. Mais recentemente, em 8 de julho de 2022, um F/A-18 Super Hornet caiu do convés do USS Harry S. Truman durante uma tempestade repentina no Mar Mediterrâneo.
Felizmente, não havia ninguém a bordo da aeronave, que afundou rapidamente. Esses incidentes são raros, mas mostram que mesmo com tecnologia de ponta, as forças da natureza podem superar as medidas de segurança.
Para minimizar esses riscos, a tripulação de um porta-aviões adota diversas medidas de segurança. Correntes de amarração feitas de ligas metálicas de alta resistência são utilizadas para fixar os caças firmemente ao convés.
Além disso, calços e blocos de fixação são colocados nas rodas dos aviões, oferecendo uma camada adicional de estabilidade. Inspeções rotineiras e detalhadas de todos os sistemas de amarração e fixação são realizadas antes de enfrentar condições de navegação desafiadoras.
Os porta-aviões são equipados com avançados sistemas de propulsão que permitem manter um curso constante, mesmo em tempestades severas. Sensores sofisticados coletam dados sobre as condições climáticas, permitindo a geração de previsões em tempo real. Com essas informações, a tripulação pode ajustar proativamente as operações para garantir a segurança dos aviões e da própria tripulação.
A tecnologia de monitoramento meteorológico desempenha um papel vital na segurança. Sensores avançados e sistemas de radar coletam dados climáticos em tempo real, permitindo que a tripulação ajuste as operações conforme necessário.
No entanto, incidentes como o ocorrido em janeiro de 2022, quando um F-35C sofreu um pouso acidentado e afundou no Mar da China, demonstram que os desafios ainda existem.
O pessoal a bordo de um porta-aviões é altamente treinado para proteger os caças no convés. Seguindo procedimentos rigorosos e utilizando equipamentos especializados, eles garantem que os aviões estejam bem ancorados e protegidos. A colaboração estreita com sistemas de monitoramento meteorológico permite que estejam constantemente informados sobre qualquer perigo potencial.
Apesar de todos os avanços e precauções, a realidade é que acidentes ainda podem ocorrer. O caso do Super Hornet no USS Harry S. Truman destaca que, mesmo com todas as medidas de segurança, a força imprevisível das tempestades pode levar a resultados inesperados.
Em 3 de agosto de 2022, a Marinha dos EUA recuperou o F/A-18E Super Hornet que havia caído no Mar Mediterrâneo.
A recuperação foi realizada pela Força-Tarefa 68, utilizando um veículo operado remotamente CURV-21 para prender linhas de levantamento especializadas à aeronave, que foi então içada para a superfície e embarcada no navio MPV Everest. A recuperação em águas profundas demonstra a capacidade da Marinha dos EUA em conduzir operações de busca e salvamento globalmente, garantindo a segurança e a proteção de suas aeronaves.