“tu fez o que? Ah eu eu eu tirei o curso de sou paraquedista sou pqd! Temos o exemplo lá no morro do Dendê na Ilha do governador, o pqd que era o o Chefe do tráfico lá. Esse cara, perigosíssimo, cruel desumano. E o cara foi subindo degraus dentro da facção criminosa ali e virou o dono do Dendê. Hoje por exemplo eu te mandei hoje uma uma matéria de um suposto sucessor do Pipico que é o era o chefe da principal milícia do Rio de Janeiro… é um ex soldado fuzileiro naval o cara tá tá para assumir o posto…”
Em entrevista o canal Segurança e Defesa, Wagner Coelho, militar graduado do Corpo de Fuzileiros Navais e especialista em segurança pública, que participou várias ocupações em comunidades cariocas dominadas por facções criminosas, abordou diversos aspectos práticos sobre Forças Armadas, Milícias e questões ligadas à especialização de jovens em técnicas militares que na visão de alguns somente deveriam ser ensinadas para quem de fato tivesse perspectivas para permanecer nas Forças Armadas como militar profissional.
A oportunidade de controlar internet, gás e água em comunidades
O militar da Marinha do Brasil mencionou ainda a questão gravíssima da ligação entre milicianos e políticos e a ocupação de lacunas deixadas após ações das forças armadas e das forças de segurança, como a exploração de serviços como distribuição de gás e internet em comunidades cariocas. Em alguns locais do Rio as empresas de distribuição de internet estão se negando a realizar novas instações por conta de ameaças feotas contra técnicos e motoristas.
“alguém financia esse tipo de modalidade… é a pedagogia da violência, controle de comportamento… temos bons policiais mas temos maus policiais, excelentes militares e péssimos militares… teve uma galerinha que após a limpeza viram ali… ”
“… controlar internet, venda de gás, iluminação… viram traficantes com ouro, carro importado, casas com piscina e hidromassagem… aquilo ali causou certa cobiça em parcela minoritária… a partir daí houve a fusão… esses caras passaram a fazer a mesma coisa que o tráfico de drogas…”, disse.
Revista Sociedade Militar