O Governo Federal designou oficialmente a Força Terrestre para liderar as operações de segurança durante a Cúpula de Líderes do BRICS 2025, evento que reunirá chefes de Estado e delegações de cinco potências globais — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O encontro ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho na cidade do Rio de Janeiro, e o Exército Brasileiro será o principal responsável pela coordenação das ações das Forças Armadas durante o evento.
A missão foi formalizada por meio da Portaria GM-MD nº 2.022, de 9 de maio de 2025, assinada pelo Ministro da Defesa, e publicada em conformidade com a Lei Complementar nº 97/1999. O documento designa o General de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos, atual Comandante Militar do Leste, como comandante do Comando Operacional Conjunto REDENTOR, estrutura criada especificamente para planejar e conduzir ações relacionadas à segurança do evento.
Kleber Nunes de Vasconcellos foi o comandante militar da Região Nordeste do Brasil antes de assumir o Comando Militar do Leste, que tem sua sede no Rio de Janeiro.
Segurança e soberania em jogo
A Cúpula do BRICS é considerada um dos principais eventos de política internacional do ano, especialmente diante das crescentes tensões geopolíticas globais entre Estados Unidos e China. A presença simultânea de chefes de Estado e delegações de cinco países com destaque econômico e político exige uma operação realmente robusta de proteção e logística. A escolha do Exército como força condutora das operações reforça o status da corporação frente ao presidente da república..
Comando Conjunto REDENTOR
O Comando Operacional Conjunto REDENTOR atuará de forma integrada com outras instituições, como as Polícias Militares, Polícia Federal e serviços de inteligência. A estrutura é concebida para permitir uma resposta rápida e coordenada frente a qualquer tipo de ameaça à segurança das delegações internacionais, seja ela de natureza convencional, cibernética ou assimétrica.
A portaria ministerial destaca que o emprego das Forças Armadas será “temporário e episódico”, em consonância com o que dispõe a legislação brasileira sobre o uso interno da força militar. A medida se alinha também com diretrizes constantes em documento denominado “Nota Conceitual relativa ao evento”, que baliza a atuação dos militares.