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Militares e a Intervenção. “Façamos igual na Tailândia”, dizem alguns. Entenda isso.

por Sociedade Militar
12/11/2014
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Militares e a Intervenção.  “Façamos igual na Tailândia!”. Dizem alguns. Entenda isso.
Revista Sociedade Militar
 
   Em comum com a situação brasileira, além do partido no poder se chamar partido PT (Pheu Thai), a chefe de governo na Tailandia era uma mulher que governava sob a orientação de um ex-governante muito populista, do qual recebeu gigantesca "herança poítica". O partido da Premier afastada mantinha também programas populistas, um deles é o subsídio para compra de arroz. Acusações de corrupção e favorecimentos também forneceram combustível à crise política.
 
   Muitos oposicionistas do Brasil justificam seus pedidos de intervenção militar com base no que aconteceu recentemente na Tailândia. Vejamos o que ocorreu por lá, de forma simplificada, é claro. O espaço aqui é pequeno.
 
    Em 2013 cem mil pessoas foram as ruas. Diferente do que ocorreu aqui, a sociedade se manifestou especificamente contra o governo. Na época os jornais destacavam também que, a massa nas ruas era heterogênea, sendo que parte significativa dos manifestantes era formada por pessoas com mais de 40 anos.
 
  Uma das frases gritadas era:  “Eles têm que se ir embora, Não quero mais a família Shinawatra aqui. Têm que deixar o país”
 

  Shinawatra é o sobrenome da ministra deposta e de seu irmão exilado, que ainda mantém o controle do PPT.
 
  Algum tempo depois do início das manifestações populares, o principal partido de oposição se uniu aos manifestantes.  "A primeira-ministra não tem o direito de presidir negociações, já que ela é o centro dos problemas. A primeira-ministra deve renunciar para que a sociedade encontre uma solução para o país", declarou o líder da oposição em novembro de 2013.
 
   Note que a Primeira Ministra da Tailândia, que a imprensa faz parecer que foi afastada pelo “golpe militar”, na verdade foi condenada na justiça comum e demitida do cargo. Ou seja, ela sofreu uma espécie de IMPEACHMENT em 7 de maio de 2014. Os militares aguardaram até 22 de maio, até que todas as possibilidades legais fossem esgotadas para o país sair do caos, mas não aconteceu, então decidiram intervir.
 
   Os militares suspenderam a Constituição e apresentaram o seu roteiro para retirar a Tailândia da crise política generalizada. Logo após a intervenção, anunciaram que pelo menos 155 políticos estão proibidos de deixar o país, entre eles a ex- Primeira Ministra Yingluck Shinawatra. Por uma infeliz coincidência o partido deposto na Tailândia era o Partido Pheu Thai, que pode ser abreviado por PT, ou PPT. O partido é majoritariamente apoiado pela população mais humilde.  
 

  A crise se agravou depois que a Primeira Ministra Yingluck Shinawatra, deposta foi acusada de governar sob as ordens de seu irmão Thaksin Shinawatra, condenado por corrupção a dois anos de prisão, e  atualmente foragido do país. Mas que permanece ainda como uma espécie de ícone do partido. A chefe de governo é também acusada de corrupção na compra do arroz subsidiado e de tentar impor uma anistia a todos os políticos condenados ou afastados em anos anteriores.
 
   A Primeira Ministra foi LEGALMENTE julgada e condenada. Foram também condenados e demitidos outros 9 ministros. Após a condenação a crise política aumentou,  políticos de situação e oposição continuaram os embates e as manifestações permaneceram nas ruas. As forças armadas decretaram toque de recolher e dois dias depois assumiram o controle do país.
 
Portanto, a ação MILITAR não veio do nada, não caiu do céu. A população foi para as ruas e insistiu na adoção de medidas legais, como o julgamento da líder governista. Os militares aguardaram até que todas as possibilidades legais fossem esgotadas. O povo permaneceu nas ruas. Por ultimo, o exército chegou a convocar representantes dos partidos, na tentativa de promover uma re-conciliação, mas isso não deu certo.
 
Recado. No Brasil ha um povo está disposto a mudar as coisas, isso foi provado nas eleições, isso é provado nas manifestações. Oposição nas ruas não se faz de qualquer maneira. Lideranças precisam agir estrategicamente e conduzir os acontecimentos para que o Brasil assuma rumos mais promissores. 
 
No caso da Tailândia pode-se perceber que a sociedade se concentrou em fazer com que a governante fosse processada legalmente. Embora alguns o fizessem, a massa não pedia predominantemente a ajuda dos militares. Quando uma fortificação inimiga está abalada se concentra o fogo no ponto fraco. Pergunte-se: qual o ponto fraco do ParTido a derrubar? (Corrupção, Petrobrás, perdão de dívidas estrangeiras?) Atirem então nesse(s) "local"(is). Na Tailândia a persistência inteligente acabou por levar a uma reação em cadeia que retirou do poder a Premier e vários de seus companheiros de partido, gerando uma situação insustentável. Em seguida os militares precisaram intervir para restabelecer a ordem. E isso ocorreu naturalmente e quase sem incidentes desagradáveis.

Robson A.D.Silva – Cientista Social – Revista Sociedade Militar.

General fala sobre INTERVENÇÃO MILITAR.

 
 
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