A fala do ministro Barroso em um evento da UNE quando disse: “Essa é a democracia que conquistamos. Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas…”, repercutiu bastante em grupos de militares e grupos de direita frequentados por membros das Forças Armadas.
Nas redes sociais de militares das Forças Armadas percebe se a indignação e vários militares comentaram o fato de o ministro do Supremo Tribunal Federal, que atuou diretamente no processo eleitoral, ter se posicionado contra Bolsonaro e praticamente admitindo que por um dos lados que disputavam as eleições em 2022.
Em um grupo formado por vários civis e militares da cidade de Niterói já percebe-se uma pressão para que os parlamentares apresentem pedido de impeachment do ministro por conta das declarações. No grupo Pensando Direita, também freqüentado por militares, um usuário postou que o Ministro teria confessado seu posicionamento e outros repercutiram fala do General Girão, deputado federal. Outro usuário, tbm militar, reclamou dizendo que “o STF passa pano”.
“Min. Barroso afirma na primeira pessoa do plural que lutou e derrotou o Bolsonarismo. Além da crítica à atividade político-partidária de um juiz, faço a seguinte pergunta: Quem está inserido no “NÓS” para derrotar a direita? Talvez quem o ensinou a gíria “Perdeu, Mané”.” (General Girão).
O Supremo Tribunal Federal divulgou uma nota oficial sobre o assunto, onde o próprio ministro Barroso se retrata
“Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão “Derrotamos o Bolsonarismo”, quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas.”