Tomando como base o número de coronéis que anualmente são promovidos a generais de brigada, em média 28, espera-se que ao final do seu mandato, em 2026, Luiz Inácio Lula da Silva terá assinado decretos de promoção que farão com que mais de 110 coronéis do Exército Brasileiro sejam levados para o generalato, passando a ocupar o posto de general de brigada.
Levando-se em consideração que a cada ano vários oficiais generais são transferidos para a reserva e que em tempos de paz, como o que vivemos, o exército brasileiro mantém em média 86 generais de brigada no serviço ativo distribuídos por organizações militares de todo o país, ao final de seu mandato Lula terá alocado oficiais generais de 2 estrelas promovidos em seu governo em praticamente todos os quartéis do território brasileiro.
No que diz respeito ao poderoso Alto Comando da Força Terrestre, órgão de assessoramento superior formado por oficiais no serviço ativo, gerenciado pelo Comandante do Exército e compreendido como aquele que realmente decide os rumos tomados pelo Exército Brasileiro e dá o “tom político” da instituição, a atuação do presidente da república será sentida ainda mais e certamente vai influir bastante no futuro próximo do Exército, na medida em que até 2026 Lula terá promovido no mínimo 15 generais para o último degrau na carreira dos oficiais combatentes, o posto de General de Exército.
Durante seu governo Bolsonaro promoveu 17 Generais de Divisão ao posto de General de Exército
Veja abaixo a última tabela de efetivos do exército brasileiro, publicada em 2022. Na lista é possível observar o número de oficiais generais de cada quadro na ativa.
Militar ouvido pela Revista Sociedade Militar, sob condição de ser mantido no anonimato diz: “se porventura há oficiais generais no último posto, ou mesmo como generais de divisão, simpáticos à necessidade de uma ação mais contundente da força no que diz respeito a política Brasileira, certamente ao final do mandato do atual presidente isso será apenas uma vaga lembrança. Entretanto, é consenso entre os oficiais que Lula não vai cortar privilégios dos generais e muito menos alterar qualquer decisão de alto nível tomada pela cúpula, isso basta para manter os estrelas aquietados”
Robson Augusto – Revista Sociedade militar