Washington em alerta! China está cortando o minério vital para mísseis e caças, pode paralisar as forças armadas ocidentais e virar pesadelo dos EUA
Um metal RARO que só a China tem é vital para mísseis e caças dos EUA. O Ocidente está em apuros e a culpa é de décadas de descuido.
Dezembro de 2024: O mundo se viu de repente num beco sem saída militar. Mísseis, caças e bombas ocidentais de última geração simplesmente não conseguiam ser reabastecidos. O motivo? Um minério essencial, o samário, que a China decidiu parar de exportar. A notícia, que veio à tona em abril, revelou uma vulnerabilidade chocante que pega de surpresa os Estados Unidos e seus aliados europeus. Como chegamos a esse ponto, onde uma peça tão pequena pode paralisar máquinas de guerra bilionárias? Prepare-se para entender essa trama que mistura geopolítica, economia e uma dependência que poucos imaginavam ser tão profunda.
O calcanhar de Aquiles tecnológico do ocidente
Imagine que sua força militar depende de um ingrediente secreto que só um país tem e, de repente, ele decide não compartilhar mais. É exatamente isso que está acontecendo com o samário, um metal de terra rara que se tornou o queridinho da indústria de defesa. O motivo é simples: ele permite a criação de ímãs superpoderosos, capazes de resistir a temperaturas altíssimas sem perder a força. Isso é crucial para motores de mísseis, bombas inteligentes e até nos jatos de combate mais avançados, como o F-35.
A China não brincou em serviço e impôs controles severos à exportação de samário, alegando “segurança nacional”. Isso significa que, mesmo com a demanda crescente de armas para repor os estoques enviados à Ucrânia e ao Oriente Médio, o Ocidente se vê com um problema gigantesco: como reabastecer seu arsenal sem esse componente vital? Como noticiou a agência Reuters em novembro de 2023, a China já havia imposto novas restrições a outros materiais, indicando uma tendência crescente de usar seu domínio em terras raras como alavanca geopolítica.
Uma dependência histórica que se tornou pesadelo
Essa dependência não é novidade. O jornal The New York Times revelou que, desde a década de 1970, as forças armadas ocidentais contavam com uma única fábrica francesa. Mas essa fábrica, coitada, fechou em 1994. Por que? Não aguentou a concorrência com a produção chinesa, que era muito mais barata e, convenhamos, menos preocupada com o meio ambiente.
Mesmo com décadas de alertas, os Estados Unidos nunca conseguiram desenvolver uma produção robusta de samário. Houve algumas tentativas, como a reabertura da mina de Mountain Pass, na Califórnia, depois de um embargo chinês ao Japão em 2010. No entanto, essa mina, reativada em 2014, foi à falência no ano seguinte por causa da competição chinesa.
A MP Materials, atual proprietária da mina de Mountain Pass, tentou de novo em 2018 e até recebeu uns trocados do Pentágono para processar o samário. Mas adivinhe? O equipamento necessário nunca foi instalado. Por que? Porque não havia clientes dispostos a bancar os altos custos de um mercado tão restrito. O mesmo aconteceu com outro projeto, apoiado por fundos federais, de uma fábrica da Lynas no Texas, que nunca saiu do papel devido a problemas regulatórios na Malásia. Ou seja, a mineração de terras raras no Ocidente sempre esbarrou em questões econômicas e ambientais, tornando a dependência da China quase inevitável.
O bloqueio da Lockheed Martin e o efeito cascata
Um dos maiores consumidores de samário nos Estados Unidos é a Lockheed Martin. Pasmem, eles usam cerca de 23 kg desse minério em cada caça F-35! As novas regras chinesas não só cortaram o fornecimento direto de samário, mas também exigem licenças baseadas no “consumidor final”. Isso significa que mesmo que uma empresa tentasse exportar indiretamente para contratantes militares, a China pode barrar.
Ainda que a China tenha liberado licenças para ímãs usados na indústria automotiva (onde se usa, por exemplo, o disprósio ou o térbio em freios e sistemas de direção), ela não deu nem sinal de que vai liberar o samário. Afinal, a aplicação civil desse metal é bem limitada. Essa atitude mais dura coincide com as sanções chinesas contra empresas americanas envolvidas na venda de armas para Taiwan, mostrando que o samário se tornou uma ferramenta de pressão geopolítica poderosa. Como o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou em diversas ocasiões, a segurança da cadeia de suprimentos é uma prioridade estratégica, e a China está usando isso a seu favor.
Além do samário: Outros metais críticos em togo
Não é só o samário que está na mira da China. Semanas atrás, o Japan Times resumiu muito bem como outros metais raros influenciam diversas indústrias. Sete deles foram restritos pela China: Térbio, Ítrio, Disprósio, Gadolínio, Lutécio, Samário e Escândio. Todos eles são cruciais tanto para a indústria civil quanto para a militar.
- O Térbio, por exemplo, dá resistência ao calor para ímãs de submarinos e aeronaves, sendo um dos elementos mais escassos entre as terras raras.
- O Ítrio, vital em tratamentos contra o câncer e supercondutores, era extraído nos Estados Unidos, mas ainda precisa ser processado no exterior.
- O Disprósio, resistente ao calor e chave na transição energética, é essencial para ímãs de turbinas eólicas e carros elétricos, além de barras de controle de reatores nucleares. A maior parte do suprimento desses três metais vai para o Japão, Coreia do Sul e, em menor grau, para os Estados Unidos.
O fantasma nuclear e outros usos essenciais
Já o Gadolínio é muito usado em ressonâncias magnéticas devido às suas propriedades magnéticas, mas também aparece em reatores nucleares e componentes eletrônicos. Por outro lado, o Lutécio tem um papel importante na detecção de câncer e em processos de refinação de petróleo.
Por fim, o Escândio, com produção marginal por meio século, tem aplicações em aviação militar, bicicletas e até em traçadores para detectar vazamentos em oleodutos, graças à sua resistência e propriedades radioativas. A verdade é que a falta de infraestrutura para separar e processar esses materiais nos Estados Unidos ou na Europa só piora a dependência estrutural da China, que já fornece mais de 90% das importações americanas de terras raras, conforme dados da Pesquisa Geológica dos EUA (USGS).
Um astersico importante: Nem tudo está perdido (Ainda)
Curiosamente, a China não incluiu nesta rodada o Neodímio e o Praseodímio, dois dos metais raros mais usados na fabricação de motores de ímãs permanentes, essenciais para veículos elétricos e turbinas eólicas. Esses dois elementos ainda são produzidos na mina de Mountain Pass, na Califórnia. Mesmo assim, a produção americana mal consegue atender a uma fração da demanda global, e a dependência da China continua crítica.
Em um cenário onde os Estados Unidos e seus aliados correm para reabastecer arsenais e garantir a dissuasão, o problema do samário joga luz sobre os riscos de ter terceirizado por décadas insumos estratégicos para a China. As conversas comerciais em Londres até tentam reativar o fluxo desses metais, mas as chances de Pequim voltar atrás em seu novo sistema de licenciamento são bem pequenas.
Enquanto isso, o Pentágono e o governo dos Estados Unidos enfrentam um dilema e tanto: como reconstruir uma cadeia de suprimentos nacional para um recurso essencial que, por seu custo e escala limitada, se mostrou comercialmente inviável sem subsídios constantes e um comprometimento político de longo prazo? O samário, antes invisível para a maioria, virou um símbolo de uma nova era de rivalidade tecnológica e militar, onde a soberania industrial é, mais uma vez, uma questão de segurança nacional.
E aí, o que você achou dessa história? Acha que o Ocidente consegue reverter essa dependência da China em relação a esses minérios cruciais? Deixe seu comentário abaixo ou compartilhe este artigo para que mais pessoas fiquem por dentro dessa questão vital!