Artigos sobre o iminente conflito no norte da América Latina aos poucos começam a escalar em sites chineses, que geralmente refletem a visão oficial do governo local sobre as questões internacionais. A China tem um interesse especial em países como Brasil e Venezuela, locais onde tenta estabelecer empresas ligadas à infraestrutura, logistica etc. A Revista Sociedade Militar há dois dias publicou artigo mencionando a presença de membros do Departamento de Defesa dos EUA na Venezuela.
Um referendo
No site 163.com, que recebe cerca de 300 milhões de visualizações mensais, um dos maiores da China, publicou textos sobre o conflito que rapidamente se escala no norte da América do Sul entre Guiana e Venezuela. O site informa ainda que o Suriname poderia tentar se aproveitar da situação para também reivindicar territórios e que os militares brasileiros teriam deslocado tropas para a proximidade do possível conflito. Recentemente um general brasileiro esteve presente em eventos patrocinados por militares da Guiana e o mesmo não se manifestou a favor do país na questão com a Venezuela.
Poucas pessoas acreditam que o referendo nacional realizado pelo governo da Venezuela tenha como resultado algo diferente de um endosso popular às pretensões de Nicolás Maduro.
Um novo front para os EUA
O artigo recente termina questionando se os Estados Unidos terão capacidade de estabelecer uma nova frente de batalha. Aparentemente os Chineses enxergam como complicado que os militares dos Estados Unidos apóiem outro aliado além de Ucrânia e Israel.
Após os campos de batalha na Europa (Rússia-Ucrânia) e no Oriente Médio (Israel-Palestina), os Estados Unidos têm a capacidade de abrir uma terceira frente de batalha na América do Sul?”
Leia a tradução dos principais trechos do artigo publicado em: https://163.com/
“… Agências de inteligência do Brasil anunciaram que obtiveram informações indicando que as forças armadas venezuelanas podem iniciar ações militares contra a República da Guiana após o referendo. Em resposta, o Brasil mobilizou uma unidade da Quinta Brigada de Infantaria para a cidade fronteiriça de Boa Vista. Ontem, o presidente venezuelano Maduro também anunciou que a região de Essequibo pertence à Venezuela.
Por outro lado, a República do Suriname, que faz fronteira com a Guiana, também começou a reivindicar seus direitos na região e está em disputa com a Guiana em Tigre. O Suriname também pode aproveitar a oportunidade de um conflito entre a Guiana e a Venezuela para atacar a Guiana na área disputada de Tigre.
Após os campos de batalha na Europa (Rússia-Ucrânia) e no Oriente Médio (Israel-Palestina), os Estados Unidos têm a capacidade de abrir uma terceira frente de batalha na América do Sul?”
Revista Sociedade Militar