O General de Exército Tomás Miné Ribeiro Paiva assumiu o comando do Exército Brasileiro em um dos períodos mais conturbados da história Brasileira. Os ataques vindos tanto da direita como da esquerda contra a força terrestre são tão numerosos que o serviço de comunicação social tomou a atitude, até então inédita, de restringir todas as redes sociais por várias semanas no que diz respeito a comentários e participação de usuários.
Passado quase um ano do governo de Luis Inácio Lula da Silva, Ouvidos pela Revista Sociedade Militar, militares ligados à comunicação social das Forças Armadas admitem que não esperavam uma rápida redução na quantidade de ataques, críticas e xingamentos.
A Diretriz do general Tomás Miné parte de cinco grandes premissas orientadoras e em seguida deriva para as diretrizes. No que diz respeito ao Exército Brasileiro, já se enxerga algumas mudanças significativas na comunicação feita por meio das mídias sociais.
Segundo artigo publicado na Revista Sociedade Militar, Uma pesquisa recente realizada pela Quaest em colaboração com a UFMG forneceu informações detalhadas sobre a visão da população brasileira acerca das instituições de segurança.
Os resultados indicam uma variação nas percepções de confiabilidade entre diferentes instituições. As Forças Armadas receberam a maior taxa de confiabilidade para a segurança pública, com 44% dos respondentes expressando total confiança. Por outro lado, a Polícia Militar registrou uma avaliação menos favorável, com 54% dos participantes a considerando violenta e 48% a vendo como desonesta.
Veja os três itens da Diretriz do Comandante do Exército que tem sido cumpridos á risca e já tem proporcionado resultados
1 – Aprimorar a estratégia de PRESENÇA
O Exército quer ser visto como a mão amiga, como o ajudador, aquele que chega rápido no momento de necessidade da sociedade. As enchentes ocorridas no Sul do Brasil fortam uma grande oportunidade para o Exército se fazer presente como a “mão amiga”.
2 – Recuperar a confiança da família militar incluindo veteranos
Com a escalada da crise política o Exército se viu em descrédito diante do próprio público interno, muitos das camadas médias na reserva acusam os generais de terem arquitetado com o governo anterior formas de se beneficiar financeiramente, alguns citam a permissão para extrapolar o teto constitucional como uma dessas artimanhas aplicadas e outros citam a reestruturação das carreiras, que teria criado novas vantagens para a cúpula. Recentemente, respondendo a pedidos de parlamentares de vários vieses políticos, o Ministério da Defesa criou um grupo de traballho para estudar problemas causados pela legislação aprovada no governo Bolsonaro, militres do Exército na reserva tem pressionado muito o parlamento. O Exército Brasileiro quer fazer as pazes com o público interno, principalmente com militares das camadas médias, tenentes, subtenentes e sargentos, que são quem de fato tem contato com a tropa.
“intensificar o contato com os veteranos… manter a coesão e estimular o convívio da família militar. Criar uma associação de amigos do Exército Brasileiro.
3 – Comunicação estratégica
O exército tem combatido nas redes sociais os detratores de uma forma franca mas não agressiva se contrapondo às narrativas que considera desfavoráveis. Uma das principais técnicas utilizadas é simplesmente “não dar corda” para as postagens desfavoráveis, fazendo com que se percam na multidão de comentários. Postagens mostrando militares executando tarefas dentro da atividade fim da força terrestre são as únicas hoje inseridas nas redes sociais da força. A ordem é para que o Exército se afaste da política, deve aparecer como “instituição apolítica”.
Fortalecimento do Exército como instituição de estado, apolítica e apartidária. Integrada a sociedade… fortalecimento da imagem e da reputação do Exército …
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar