Após 4 anos, Lula promulga acordo do Brasil com a Jordânia assinado. O acordo de cooperação técnica foi assinado em 4 de março de 2018, em Amã, capital jordaniana. O acordo visa promover a cooperação entre os dois países em áreas de interesse mútuo, como agropecuária, saúde, educação, formação profissional, entre outras.
A economia da Jordânia é diversificada e robusta. Ela se sustenta em pilares como a exploração de minerais como fosfatos e potássio, e a indústria do turismo, que atrai visitantes de todo o mundo. Além disso, a comercialização de fertilizantes e a prestação de serviços também desempenham um papel significativo na economia do país. Na última década, o governo da Jordânia tem feito investimentos estratégicos no setor de energia, com foco especial no gás natural.
O acordo, promulgado pelo presidente Lula por meio de Decreto, na terça-feira, 19 de dezembro, prevê que as áreas de cooperação serão definidas por meio de ajustes complementares, que são acordos específicos que detalham os objetivos, as atividades e os recursos a serem envolvidos em cada área de cooperação.
Siga a Revista Sociedade Militar no Instagram e fique atualizado com conteúdo exclusivo em tempo real!
Clique aqui para seguirPara o desenvolvimento dos programas, projetos e atividades referentes ao acordo, as partes poderão considerar a participação de instituições públicas e privadas, bem como de organizações não governamentais de ambos os países; a cooperação técnica não se limitará aos governos dos dois países, mas poderá envolver outros atores da sociedade civil.
As partes também se comprometem a fornecer apoio logístico ao pessoal enviado de um país a outro no âmbito do acordo, incluindo visto, imunidade jurisdicional, facilidades de repatriação e acesso à informação.
Os bens e equipamentos necessários para executar os projetos desenvolvidos por meio do acordo estarão isentos de tarifas, impostos e outros encargos sobre importação ou exportação. Em outras palavras, o acordo não representará nenhum custo adicional para o Brasil.
O acordo tem duração de cinco anos e pode ser prorrogado automaticamente por períodos iguais e sucessivos, a menos que uma das partes manifeste sua intenção de denunciá-lo.
A Jordânia é uma monarquia constitucional unitária parlamentar de maioria sunita (vertente do islamismo), chefiada pelo rei Abdullah II.
Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Líbano e Jordânia declaram greve geral em apoio a Gaza
Por Jefferson Silva
Enquanto o Brasil e a Jordânia fortalecem suas relações através do acordo de cooperação técnica, é importante notar os recentes desenvolvimentos na região do Oriente Médio, que têm impacto direto na Jordânia. Recentemente, Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Líbano e a própria Jordânia declararam uma greve geral em apoio a Gaza, em um contexto de intensificação dos combates entre Israel e o Hamas.
Esta greve geral, que ocorreu na segunda-feira do dia 11 de dezembro, teve um impacto significativo na vida cotidiana nas regiões envolvidas. Em Jerusalém Oriental, as lojas fecharam e as ruas ficaram desertas. Na Cisjordânia, o transporte público, escolas, bancos e lojas também não funcionaram. No Líbano, instituições governamentais e escolas, incluindo instituições de ensino superior, aderiram à greve. Na Jordânia, a capital Amã viu suas ruas praticamente vazias e o comércio fechado.
A greve foi marcada por cartazes com o slogan “#strikeforgaza” (“#greveporgaza” em português), pedindo apoio e solidariedade à causa palestina. Protestos foram registrados na Cisjordânia e no Líbano. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos apoiou a greve na Jordânia, incluindo o fechamento de escolas. Esta agência administra 161 escolas no país, educando mais de 113 mil alunos.
Por Sérvulo Pimentel, com edição de Jefferson Silva – Fontes: Diário Oficial da União, CNN e Correio Brazilience