Uma reviravolta na postura do presidente Lula em relação à implementação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo teria sido articulada pelos comandantes das Forças Armadas e pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. A informação é do colunista da Folha de São Paulo, Cézar Feitoza.
Lula havia dito em 26 de outubro que não haveria GLO em seu governo “Enquanto eu for presidente, não tem GLO”, disse.
No entanto, em 1º de novembro, ele renovou o decreto autorizando a atuação das Forças Armadas na operação. O que teria havido? A mudança de postura de Lula foi motivada pela “situação muito grave” envolvendo o crime organizado no Rio de Janeiro, segundo o Presidente.
O ministro Múcio sinalizou que alguns eventos foram cruciais para melhorar a relação com os militares, como a operação da Força Aérea Brasileira para resgatar brasileiros em conflitos no exterior.
A estratégia de Lula agora visa a conciliação, evitando confronto com as Forças Armadas. O governo desistiu de uma tentativa de aprovar medidas no Congresso que reduziriam atribuições dos militares e alterariam o artigo 142 da Constituição, sinalizando um movimento de pacificação.
A GLO é uma medida que permite que as Forças Armadas sejam empregadas para garantir a segurança pública em situações de grave perturbação da ordem.