As Forças Armadas iniciaram no dia 26 de abril a entrega de mais de 5,4 mil cestas básicas a 2,7 mil famílias ribeirinhas atingidas pela seca dos rios amazonenses.
Com essa ação, que integra a Operação Estiagem, serão mais de 21,4 mil cestas entregues. O número equivale a 460 toneladas de alimentos, como arroz, feijão, macarrão e óleo de soja.
De acordo com o coronel Márcio Valevein, Chefe do Estado-Maior do Comando Operacional Conjunto Amanaci, a condução das cestas envolve diversos desafios, inclusive de conservação.
“O carregamento do material é realizado de forma braçal pelos militares das três Forças Armadas, visto que o uso de equipamentos mecânicos poderiam rasgar as cestas. Além disso, antes do transporte, os alimentos são armazenados em ambiente climatizado”.
Para alcançar esse montante os 3 mil militares integrantes da operação já usaram 54 viaturas, 41 embarcações e 5 aeronaves, entre aviões e helicópteros. A diversidade logística é necessária, uma vez que precisam ser utilizados meios fluviais, aéreos e terrestres pra chegar às comunidades.
De acordo com o Exército, são aproximadamente 86 mil quilômetros percorridos. Desses, 15,5 mil quilômetros são por rodovia, 58,8 mil quilômetros por via aérea e 12 mil quilômetros por rio.
“Não há estradas que conectam todas as comunidades. Os rios não navegáveis impedem o uso de embarcações de maior porte e, por meio aéreo, há a dependência quase que exclusiva de uso de helicópteros que, em sua maioria, carregam pouca carga comparado a um navio”, relata o coronel.
Entre os municípios atendidos estão Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá e Amaturá.
Além da entrega das cestas, a operação também ampara os ribeirinhos e indígenas em assistência médica. Os yanomamis estão entre os beneficiados.