
Não é uma dançarina
Uma Matéria publicada na Revista Sociedade Militar desvendou o intrincado enigma por trás do significado do termo “melancia”. Não, não é dançarina de axé nem simplesmente uma fruta tropical.
No velho, mas pouco conhecido jargão da caserna, “melancia” significa um militar que “é verde por fora, mas vermelho por dentro”.
E daí?! Isso ainda pode restar obscuro para quem é totalmente alheio ao simbolismo ideológico.
A cor vermelha
Mas, para quem sabe que a cor vermelha é associada ao espectro político mais à esquerda (URSS, China, PT, etc.) e que a cor verde é praticamente indissociável da ideia de Exército Brasileiro, a melancia ganha novos contornos.
Ultimamente devido à politização dos militares – ou à militarização da política – , a alcunha, aparentemente inofensiva, ganhou foros de ofensa vexatória.
De acordo com a matéria citada anteriormente, um general chamado de melancia significa para o acusador que, embora o militar ostente um uniforme verde por fora, seria, na verdade, um “comunista por dentro”.
Essa expressão insultuosa adquire uma carga ainda mais significativa ao se insinuar que as Forças Armadas, notadamente o Exército Brasileiro, cuja ordem é ser uma instituição apartidária sob a direção do Presidente da República, podem, na verdade, abrigar ocultamente uma inclinação política.
E o uso do termo ainda está na moda.
Pazuello ficou de fora
Na Comissão de Segurança Pública da Câmara, sessão do dia 21 de maio, o deputado Gilvan Aguiar Costa, conhecido como “Gilvan da Federal” – que tem como hábito usar uma bandeira do Brasil sobreposta ao terno – acusou “o monte de generais” brasileiros de serem “melancias”.
Com a devida vênia, o deputado Gilvan da Federal excluiu o colega deputado Eduardo Pazuello do impropério.
Texto de JB Reis