Marinha autoriza pesquisa da UERJ com algas em parceria com a Sorbonne
A Marinha do Brasil, por meio do Chefe do Estado-Maior da Armada, autorizou a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) a realizar uma pesquisa científica com material genético de algas em áreas do litoral fluminense.
A pesquisa, que contará com a colaboração da Sorbonne University, na França, foi aprovada e publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (31/07).
Parceria com Universidade Francesa
A pesquisa será feita em parceria com a Sorbonne University, uma renomada instituição de ensino francesa. A colaboração se dará através do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), um dos maiores centros de pesquisa do mundo, reforçando a importância e o alcance internacional do projeto.
O que será pesquisado?
Os pesquisadores da UERJ e da Sorbonne University se concentrarão no estudo de um tipo específico de alga, a Scrippsiella acuminata, encontrada em abundância nas águas de Angra dos Reis, Itaguaí e Rio de Janeiro. O estudo dessas algas visa compreender melhor a biodiversidade marinha da região.
Como será realizada a pesquisa?
A UERJ e a Sorbonne University seguirão rigorosamente as normas e procedimentos estabelecidos pela Marinha para a coleta e o estudo do material genético das algas. O projeto foi cadastrado no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado, assegurando que todas as etapas do projeto sejam documentadas e controladas.
Vigência da Portaria
A portaria nº 174/EMA, que oficializa essa autorização, entrou em vigor imediatamente após sua publicação no Diário Oficial da União. Com isso, a UERJ e a Sorbonne University já podem iniciar os trabalhos de pesquisa conforme o planejado.
Sobre a Scrippsiella acuminata
A Scripsiella acuminata é uma alga unicelular que pertence ao grupo dos dinoflagelados. Essas algas são conhecidas por sua capacidade de produzir bioluminescência e por formarem grandes florações, conhecidas como “marés vermelhas”, conforme artigo publicado no Scielo Brasil.
Embora algumas espécies de dinoflagelados possam produzir toxinas prejudiciais aos organismos marinhos e ao ser humano, a Scripsiella acuminata não é considerada uma espécie tóxica, mas suas florações podem afetar a vida marinha e a aquicultura.