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Marinha autoriza pesquisa da UERJ com algas em parceria com a Sorbonne

por Sérvulo Pimentel Publicado em 31/07/2024
Marinha autoriza pesquisa da UERJ com algas em parceria com a Sorbonne

A Marinha do Brasil, por meio do Chefe do Estado-Maior da Armada, autorizou a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) a realizar uma pesquisa científica com material genético de algas em áreas do litoral fluminense.

A pesquisa, que contará com a colaboração da Sorbonne University, na França, foi aprovada e publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (31/07).

Parceria com Universidade Francesa

A pesquisa será feita em parceria com a Sorbonne University, uma renomada instituição de ensino francesa. A colaboração se dará através do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), um dos maiores centros de pesquisa do mundo, reforçando a importância e o alcance internacional do projeto.

O que será pesquisado? 

Os pesquisadores da UERJ e da Sorbonne University se concentrarão no estudo de um tipo específico de alga, a Scrippsiella acuminata, encontrada em abundância nas águas de Angra dos Reis, Itaguaí e Rio de Janeiro. O estudo dessas algas visa compreender melhor a biodiversidade marinha da região.

Como será realizada a pesquisa?

A UERJ e a Sorbonne University seguirão rigorosamente as normas e procedimentos estabelecidos pela Marinha para a coleta e o estudo do material genético das algas. O projeto foi cadastrado no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado, assegurando que todas as etapas do projeto sejam documentadas e controladas.

Vigência da Portaria

A portaria nº 174/EMA, que oficializa essa autorização, entrou em vigor imediatamente após sua publicação no Diário Oficial da União. Com isso, a UERJ e a Sorbonne University já podem iniciar os trabalhos de pesquisa conforme o planejado.

Sobre a Scrippsiella acuminata

A Scripsiella acuminata é uma alga unicelular que pertence ao grupo dos dinoflagelados. Essas algas são conhecidas por sua capacidade de produzir bioluminescência e por formarem grandes florações, conhecidas como “marés vermelhas”, conforme artigo publicado no Scielo Brasil.

Embora algumas espécies de dinoflagelados possam produzir toxinas prejudiciais aos organismos marinhos e ao ser humano, a Scripsiella acuminata não é considerada uma espécie tóxica, mas suas florações podem afetar a vida marinha e a aquicultura.

Sérvulo Pimentel

Sérvulo Pimentel

Apaixonado pela língua portuguesa e pelo universo militar, Sérvulo é professor há dez anos e atua como redator há cinco, sendo um especialista na produção de notícias sobre Defesa Nacional e sociedade militar. Na Revista Sociedade Militar, dedica-se a levar informações confiáveis e bem apuradas ao público, sempre prezando pela responsabilidade jornalística e imparcialidade. Seu compromisso é contribuir para um debate informado e acessível sobre temas estratégicos e sociais, aproximando os leitores das principais questões que envolvem as Forças Armadas e a sociedade.