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Diante da presença inesperada de um bombardeiro britânico armado em rota não autorizada a Força Aérea Brasileira demonstrou domínio operacional e equilíbrio diplomático sem precedentes

Intriga e tensão nos céus! A Força Aérea Brasileira intercepta um bombardeiro britânico, provocando a fúria de Margaret Thatcher. Um episódio inesquecível na Guerra das Malvinas!

por Noel Budeguer
22/04/2025
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Durante a Guerra das Malvinas, um episódio singular envolvendo as Forças Armadas Brasileiras chamou a atenção do mundo. Em 3 de junho de 1982, um bombardeiro Avro Vulcan britânico, parte da operação “Black Buck”, foi interceptado e apreendido por caças da Força Aérea Brasileira quando teve que fazer um pouso de emergência no Rio de Janeiro. Este evento foi um dos momentos mais tensos da relação entre o Brasil e o Reino Unido durante o conflito.

A Operação Black Buck

A operação “Black Buck” foi uma série de missões aéreas de longa distância realizadas pelos britânicos, durante a Guerra das Malvinas, contra alvos argentinos nas ilhas. Bombardeiros Avro Vulcan decolavam da Ilha de Ascensão, no Atlântico, percorrendo mais de 12 mil quilômetros, com múltiplos reabastecimentos no ar, para atingir suas metas, principalmente o aeroporto de Stanley, controlado pelos argentinos.

Em 3 de junho de 1982, um Vulcan, armado com mísseis antirradar AGM-45, partiu da Ilha de Ascensão com o objetivo de neutralizar defesas aéreas argentinas. Após lançar dois mísseis e destruir um radar argentino, o bombardeiro enfrentou problemas técnicos na sonda de reabastecimento em pleno voo. Sem possibilidade de reabastecer, e com combustível insuficiente para retornar à base, o piloto decidiu seguir para o Brasil, o país mais próximo.

A interceptação no espaço aéreo brasileiro pela Força Aérea

Naquele momento, as Forças Armadas Brasileiras estavam em alerta devido ao conflito na Argentina. O Brasil, embora neutro, mantinha uma vigilância rigorosa sobre os céus devido à proximidade do teatro de guerra. O bombardeiro britânico foi detectado pelo radar brasileiro enquanto sobrevoava o Atlântico, e a Força Aérea Brasileira enviou dois caças F-5, pilotados pelo então Capitão Raul Dias, para interceptá-lo.

Os caças decolaram rapidamente, ultrapassando a barreira do som sobre o Rio de Janeiro. Ao se aproximarem do Vulcan, tentaram estabelecer comunicação, mas sem resposta imediata. Após alguns momentos de tensão, o piloto britânico finalmente respondeu e seguiu as instruções dos caças brasileiros, pousando com segurança no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

Consequências diplomáticas

O bombardeiro Vulcan ainda transportava um míssil AGM-45 que não havia sido lançado. As autoridades brasileiras imediatamente apreenderam a aeronave e seus armamentos. Esse ato irritou profundamente o governo britânico, especialmente a então Primeira-Ministra Margaret Thatcher, que exigiu a liberação imediata do avião. Segundo relatos, Thatcher chegou a solicitar a intervenção dos Estados Unidos para pressionar o Brasil.

Contudo, o governo brasileiro manteve a apreensão por cerca de uma semana, liberando a aeronave somente após receber garantias de que ela não seria utilizada novamente no conflito. O episódio demonstrou a eficiência e o preparo da Força Aérea Brasileira, além de destacar a neutralidade cautelosa do Brasil durante a Guerra das Malvinas.

O impacto do episódio na Força Aérea Brasileira

Este incidente é um marco na história da aviação militar brasileira, evidenciando a capacidade de reação rápida e profissional das forças armadas. O fato de um bombardeiro estratégico de grande porte ter sido interceptado e escoltado até o pouso por caças brasileiros mostrou que o Brasil estava atento ao que acontecia no cenário internacional, especialmente em conflitos tão próximos.

Além disso, o episódio também colocou o país em uma delicada posição diplomática, já que estava entre dois aliados importantes, o Reino Unido e a Argentina, com quem compartilhava fronteiras e laços econômicos.

Essa história também ilustra o complexo cenário da Guerra das Malvinas e os desafios logísticos e diplomáticos enfrentados pelas potências envolvidas. Mesmo países não diretamente envolvidos no conflito, como o Brasil, acabaram desempenhando papéis críticos em determinados momentos da guerra.

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