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Brasil chocou o mundo ao financiar com investimentos de mais de R$ 6 bilhões as obras de construção da Usina Siderúrgica, Estaleiro e metrô na Venezuela

O Brasil financiou a construção e expansão dos sistemas de metrô na Venezuela com um investimento de R$ 2,2 bilhões, além de outras obras bilionárias como Usina Siderúrgica e Estaleiro. Uma história de crise, escândalos e oportunidades!

por Thaís Souza
03/04/2025
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Na década de 90, sob a administração de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil iniciou o financiamento da construção e expansão dos sistemas de metrô na Venezuela. Através do BNDES, foram disponibilizados R$ 2,2 bilhões de investimento para empresas brasileiras, como a Odebrecht, desenvolverem projetos internacionais.

Os metrôs de Caracas e Los Teques, financiados pelo BNDES, prometiam facilitar o transporte de milhões de passageiros. Caracas, com seu sistema lançado em 1983 e ampliado ao longo dos anos, conta com 48 estações e mais de 70 quilômetros de extensão. Los Teques, embora menor, também recebeu uma significativa extensão de linha.

Outro projeto bilionário financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Venezuela foi a construção da Usina Siderúrgica Nacional, tocada pela empreiteira Andrade Gutierrez. A obra teve um empréstimo de US$ 865 milhões contratado em 2010. Em meio às investigações da Operação Lava Jato, o financiamento foi suspenso.

Venezuela e Cuba não pagam o BNDES desde 2018

Investimento brasileiro na construção dos metrôs venezuelanos: oportunidade perdida de aplicar os recursos em melhorias de infraestrutura dentro do próprio Brasil

Contudo, a crise econômica venezuelana e os escândalos de corrupção envolvendo a Odebrecht, especialmente revelados pela Operação Lava Jato, comprometeram a continuidade e a conclusão dos projetos. As revelações incluíam enormes quantias em propinas e financiamentos ilegais para campanhas presidenciais venezuelanas, complicando ainda mais a situação.

O investimento brasileiro nos metrôs venezuelanos destaca-se não apenas pelo montante, mas também pela oportunidade perdida de aplicar tais recursos em melhorias de infraestrutura dentro do próprio Brasil. O atraso nas obras e a dificuldade da Venezuela em cumprir seus compromissos financeiros deixam uma mancha na política externa e econômica brasileira.

Venezuela acumula uma dívida bilionária com o BNDS

Desde 2010, a Venezuela enfrenta uma grave crise econômica, dificultando honrar seus compromissos financeiros com o Brasil. Isso inclui o pagamento pelo desenvolvimento dos projetos de metrô, que fazem parte de uma dívida maior que ultrapassa 6 bilhões de dólares.

Comparando com as necessidades brasileiras, onde o déficit em transporte público ultrapassa 850 quilômetros em metrô e trens, a decisão de financiar tais projetos externos gera questionamentos sobre as prioridades e a gestão de recursos públicos.

Enquanto o Brasil continua a lidar com atrasos em receber os pagamentos devidos pelos projetos, a história dos metrôs financiados na Venezuela serve como um exemplo cautelar sobre os riscos de grandes investimentos internacionais sem garantias adequadas de retorno ou de benefício direto para a população brasileira. O debate sobre a eficácia e as motivações por trás desses financiamentos provavelmente persistirá, conforme novos desenvolvimentos e desdobramentos continuam a emergir.

Lula defende empréstimos a países que deram calote bilionário no Brasil

O presidente Lula tem defendido financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para outros países. “Todo mundo paga, você pode ter dificuldade aqui ou ali, mas todo mundo paga”, afirmou Lula.

Apesar da afirmação do presidente de que “todo mundo paga”, os números apresentados pelo BNDES mostram que o calote de três países contemplados com empréstimos do Brasil já somam 8,2 bilhões de reais. A Venezuela deixou de pagar dívidas desde 2018 que ja ultrapassaram mais de 3,45 bilhões de reais, Moçambique não quitou 641 milhões de reais e Cuba deu um calote de mais de 4,32 bilhões de reais.

Oficialmente, o nome desses “investimentos” empréstimos é “programa de financiamento à exportação de serviços de engenharia”. As empresas brasileiras que tiveram acesso a tais financiamentos facilitados para obras no exterior foram Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Camargo Correa e OAS, as mesmas que tombaram na Operação Lava-Jato por pagarem propinas milionárias ao PT, em troca de contratos na Petrobras. Quem fica com a dívida do empréstimo é o país estrangeiro, responsável por fazer o pagamento. O BNDES já emprestou 55 bilhões de reais entre 1998 e 2017, mas 88% desse valor foi liberado entre 2007 e 2015, nas gestões Lula e Dilma, que se apoderaram do dinheiro público para beneficiar ditaduras amigas.

Entre as obras de construção feitas com investimentos brasileiro em Cuba está o moderno Porto de Mariel, que custou 4,2 bilhões de reais. Cuba apresentou como garantia papéis da indústria local de tabaco. Ou seja, o pagamento vai depender da fabricação de charutos. A Venezuela de Hugo Chávez ganhou obras como a ampliação do Metrô de Caracas, a construção de um estaleiro e a Usina Siderúrgica Nacional (que teve as obras suspensas). Moçambique contraiu dois empréstimos do BNDES, para a construção do pouco movimentado Aeroporto de Nacala e a Barragem de Moamba Major. Os contratos começaram a ser assinados em abril de 2011, no início do governo Dilma, mas com as bênçãos do presidente Lula.

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