As forças armadas desempenham um papel importante e necessário na garantia da soberania nacional e na proteção dos interesses de um país. Além de sua função primordial de defesa contra ameaças externas, elas são essenciais para a manutenção da ordem interna e a resposta a catástrofes naturais ou tragédias.
Em situações de emergência, como terremotos, inundações ou pandemias, as forças armadas possuem a estrutura, os recursos e a capacidade logística para atuar rapidamente, fornecendo assistência humanitária, resgate e reconstrução. Sua presença também reforça a estabilidade política e a confiança da população, demonstrando que o Estado está preparado para proteger seus cidadãos em qualquer cenário.
Assim, as forças armadas não são apenas um pilar da segurança nacional, mas também um instrumento vital para a resiliência e o bem-estar da sociedade, mas existem países que optaram em não ter essa força. Vamos conhecer os principais países que abdicaram esse efetivo.
Países sem Forças Armadas
Costa Rica – Após uma guerra civil em 1948, a Costa Rica aboliu suas forças armadas em 1949. A decisão foi tomada para redirecionar recursos para a educação e a saúde, estabelecendo uma forte tradição de neutralidade.
Panamá – Em 1990, após a invasão dos Estados Unidos que depôs Manuel Noriega, o Panamá decidiu abolir suas forças armadas. O país agora conta com a Polícia Nacional e acordos internacionais para sua defesa.
Vaticano – O Vaticano não possui forças armadas. A segurança é provida pela Guarda Suíça, enquanto a defesa é garantida pela Itália devido a tratados bilaterais, dada sua localização em Roma.
Ilhas Salomão – Não possuem um exército formal, mas contam com apoio regional para segurança, especialmente após conflitos internos. A Missão de Assistência Regional às Ilhas Salomão (RAMSI) desempenhou um papel crucial na estabilização.
Liechtenstein – Aboliu seu exército em 1868 devido a considerações financeiras. Desde então, o país mantém uma política de neutralidade e depende de acordos internacionais para sua proteção.
Um caso diferente de país de primeiro mundo
A Islândia é um caso interessante quando se trata de forças armadas. O país não possui um exército permanente desde 1869, quando dissolveu suas forças armadas. No entanto, isso não significa que a Islândia esteja completamente desprotegida. O país faz parte da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e conta com um acordo de defesa mútua com os Estados Unidos, que garantiu a proteção militar da ilha durante a Guerra Fria. Além disso, a Islândia mantém uma Guarda Costeira altamente eficiente, responsável pela vigilância marítima, busca e salvamento, e proteção das águas territoriais. A Guarda Costeira também opera sistemas de defesa aérea e monitoramento, garantindo a segurança do espaço aéreo islandês.
A decisão de não manter um exército permanente está alinhada com a política externa pacífica da Islândia e seu foco em diplomacia e cooperação internacional. No entanto, em situações de crise ou conflito, o país pode contar com o apoio de seus aliados da OTAN. Essa abordagem permite que a Islândia direcione seus recursos para áreas como educação, saúde e desenvolvimento sustentável, enquanto mantém sua segurança através de parcerias estratégicas.
É aceitável não ter Forças Armadas?
Esses países adotaram diferentes estratégias para garantir sua segurança, como a confiança em forças policiais, acordos regionais, e tratados internacionais. É interessante observar como cada nação prioriza recursos e escolhe suas políticas de segurança.
A ausência de forças armadas pode ser vista como uma abordagem pacífica para a segurança nacional, permitindo o redirecionamento de recursos para o desenvolvimento social e econômico. No entanto, também levanta questões sobre a soberania e a capacidade de defesa autônoma. Essa estratégia é vantajosa ou arriscada?