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Força Aérea Brasileira resgatou, em operação secreta e real, mais de 70 funcionários da Techint, feitos de reféns pelo temido grupo terrorista Sendero Luminoso, na floresta amazônica

Missão secreta da FAB no Peru: A ousada operação dos militares brasileiros na selva amazônica, que resgataram 71 reféns do temido grupo de guerrilheiros

por Flavia Marinho
29/03/2025
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Você sabia que, em 2003, uma missão secreta envolvendo o Brasil e o Peru quase mudou o curso da história na América do Sul? Poucos conhecem os detalhes da operação, mantida em sigilo até hoje, em que militares da Força Aérea Brasileira, com tecnologia de ponta, ajudaram a salvar 71 reféns das mãos do temido grupo terrorista Sendero Luminoso, no coração da floresta amazônica.

Neste artigo, você vai descobrir os bastidores dessa missão real digna de filme, que mostrou a força e a importância do Brasil na segurança continental. Não perca essa história fascinante que ficou oculta por quase duas décadas! Se você curte as Forças Armadas e policiais do seu país, inscreva-se para receber as notificações do Sociedade Militar.

O dia que o Peru pediu ao Brasil para salvar reféns das mãos de guerrilheiros do Sendero Luminoso

Na noite do dia 9 de junho de 2003, conforme noticiado pela revista Istoé, oito militares da Força Aérea Brasileira, entre pilotos e técnicos de sistemas, embarcaram na Base Aérea de Anápolis, em Goiás, em uma aeronave Embraer R-99B de fabricação nacional, um dos mais capazes aviões de reconhecimento do mundo. A aeronave estava equipada com modernos sensores, radares e câmeras, que permitem realizar missões de reconhecimento em profundidade, podendo mapear áreas gigantescas para detectar alvos.

Exatamente às 20h40 da segunda-feira, 9 de junho de 2003, os oito militares embarcaram no jato Embraer 145 RS/AGS, designado R-99B na FAB e pertencente ao 6º GAv. Eles partiram da Base Aérea de Anápolis (GO) com destino a Porto Velho (RO), sem saber para onde iriam e nem por que estavam voando. Às 23h40, a aeronave pousou para reabastecimento e decolou novamente às 6h10 da manhã de terça-feira, 10 de junho. Três horas e quarenta minutos depois, o R-99B aterrissou na área restrita para uso militar no Aeroporto Internacional de Lima, no Peru.

A operação secreta dos militares da Força Aérea Brasileira:

Os militares brasileiros foram recebidos por oficiais da Força Aérea Peruana (FAP) e só então souberam o objetivo de sua missão. O presidente do Peru, Alejandro Toledo Manrique, havia solicitado ajuda emergencial ao governo brasileiro. Os peruanos explicaram que, desde a manhã do dia anterior, 71 funcionários da Techint, uma empresa argentina que estava construindo um gasoduto na região de Ayacucho, eram mantidos como reféns na floresta amazônica por guerrilheiros do Sendero Luminoso, um grupo terrorista de orientação maoísta. Entre os reféns estavam três suboficiais da Polícia Nacional do Peru, e os guerrilheiros exigiam dinamite, armas e um resgate de US$ 200 mil para libertá-los.

A missão dos militares brasileiros e sua moderna aeronave era rastrear toda a região de floresta, procurando interceptar transmissões de rádio e celulares via satélite feitas pelos guerrilheiros para localizar sua posição exata. Às 15h27 da tarde de 10 de junho, a aeronave decolou rumo à Ayacucho, levando a bordo, além dos oito brasileiros, um oficial da Força Aérea Peruana.

O R-99B estava equipado com tecnologia de última geração, preparada para efetuar sensoreamento remoto de grandes extensões de terreno, operando sob quaisquer condições climáticas. Para realizar o rastreamento, a aeronave contava com Radar de Abertura Sintética (SAR), Scanner Hiperespectral (HSS), Scanner Multiespectral (MSS) e Sensor Ótico e Infravermelho (OIS).

O rastreamento e a localização dos reféns

Sobrevoando a floresta, os sensores do R-99B captaram sinais de transmissões de rádio na faixa de VHF. Cada emissão registrada era mapeada, e em menos de uma hora foi possível identificar com precisão o ponto de origem: um acampamento em um lugarejo chamado Toccate.

Imediatamente, as coordenadas geográficas do local foram enviadas aos militares peruanos em terra, que comandavam a operação. Com as coordenadas em mãos, helicópteros e aviões da FAP começaram a sobrevoar o esconderijo dos guerrilheiros.

Rendição dos guerrilheiros: a libertação dos reféns e o sucesso da missão da Força Aérea Brasileira

Ao perceberem que haviam sido descobertos e temendo uma investida do exército, os guerrilheiros adotaram a estratégia de libertar os reféns um a um, informando por rádio o nome de cada um dos libertados. Após a libertação do último refém, os militantes do Sendero Luminoso se dividiram em pequenos grupos e fugiram pelas trilhas da selva densa.

A aeronave R-99B acabara de completar sua primeira missão real, demonstrando estar totalmente operacional e pronta para executar a missão para a qual foi idealizada: proteger as riquezas da floresta amazônica, dentro ou além das fronteiras brasileiras. À noite, o Embraer R-99 pousou novamente na Base de Lima. Ainda a bordo, os tripulantes participaram de uma breve reunião com os militares peruanos para avaliar a missão e receberam elogios pela rapidez com que a operação foi realizada.

Na quarta-feira, 11 de junho, o ministro Aurelio Loret de Mola fez questão de visitar a Base Aérea de Lima para conhecer o interior do avião da FAB, antes que os militares brasileiros retornassem à Base Aérea de Anápolis. A participação da Força Aérea Brasileira na missão de resgate dos reféns do Sendero Luminoso ainda é mantida sob sigilo, tanto no Brasil quanto no Peru. A versão apresentada à imprensa pelo ministro da Defesa e pelo presidente do Peru ignorou completamente a vital participação da FAB.

“Só temos elogios para os militares e para a força policial do Peru. Todos foram libertados sem que fosse disparado um único tiro”, afirmou o ministro Loret de Mola, posando para fotografias ao lado de alguns dos reféns. Consultado pela Istoé, o ministro brasileiro à época, José Viegas, disse que não se manifestaria sobre a missão da FAB no Peru.

“A missão foi secreta, mas serve de exemplo para ilustrar como o Sistema de Vigilância da Amazônia pode funcionar para toda a região, e não apenas para o Brasil”, disse um oficial da Força Aérea Brasileira, no Rio de Janeiro à Istoé, sob anonimato.

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