China desenvolve novo submarino militar capaz de lançar mísseis hipersônicos e pode ter como alvo os sistemas Typhon dos EUA nas Filipinas na mira, diz relatório
Um novo submarino de ataque da China, atualmente em construção em um estaleiro em Wuhan, pode estar sendo projetado para neutralizar os sistemas de defesa antimísseis Typhon, instalados pelos Estados Unidos nas Filipinas. A embarcação teria capacidade de lançar mísseis hipersônicos e potencial para transportar ogivas nucleares, ampliando a presença militar chinesa no Pacífico.
A informação foi divulgada pela revista Naval & Merchant Ships, uma publicação ligada à China State Shipbuilding Corporation, fornecedora da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA Navy). Embora Pequim não tenha confirmado oficialmente o desenvolvimento do submarino, o relatório da revista detalha o projeto e seus possíveis objetivos estratégicos, sugerindo que a nova embarcação reforçaria a capacidade naval do país contra a crescente influência militar estrangeira na região.
O relatório menciona que o submarino poderia atuar de forma furtiva, lançando ataques a partir de posições protegidas contra alvos estratégicos, incluindo sistemas de defesa dos EUA. Ele faz referência aos lançadores de mísseis Typhon, instalados na ilha de Luzon, nas Filipinas, durante exercícios conjuntos entre Washington e Manila em abril do ano passado. Esses sistemas podem disparar mísseis de longo alcance, atingindo alvos na China, Rússia e Coreia do Norte.
A publicação destaca que a nova embarcação chinesa poderia utilizar mísseis hipersônicos para realizar ataques antes que as defesas inimigas pudessem responder. Essa tecnologia permite que os projéteis viajem a velocidades superiores a Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som), dificultando sua interceptação.
Caso o submarino seja realmente equipado com essa capacidade, Pequim passaria a contar com um poderoso recurso estratégico para conter as operações militares dos Estados Unidos no Indo-Pacífico. A instalação dos sistemas Typhon nas Filipinas já havia sido classificada pela China como uma ameaça direta à sua segurança, aumentando as tensões na região.
O projeto do novo submarino chinês ainda não tem previsão oficial de conclusão, mas sua possível existência reforça o cenário de disputas militares e geopolíticas no Mar do Sul da China, onde Pequim e Washington travam uma crescente disputa por influência.