Washington em alerta! Brasil oferece à China a base espacial de Alcântara, um pedaço de ouro na linha do Equador, que virou palco de uma disputa silenciosa entre Estados Unidos e Pequim
Washington em alerta! Brasil abre as portas da base de Alcântara para a China lançar seus foguetes e oferta pode mudar o rumo de acordos estratégicos com os EUA. O que está por trás dessa jogada arriscada do governo Lula?
Se você acha que o Brasil está fora das grandes disputas geopolíticas do século, pense de novo. A base espacial de Alcântara, no Maranhão, virou palco de uma disputa silenciosa entre Estados Unidos e China, e o governo Lula está bem no meio disso tudo. A novidade? O Palácio do Planalto sinalizou interesse em abrir as portas da base para os chineses lançarem seus foguetes espaciais, o que pode mudar o rumo de acordos estratégicos com os norte-americanos e impactar diretamente o futuro da defesa brasileira.
Caças chineses de graça em troca da base? A proposta que sacudiu Brasília
A primeira faísca dessa história começou com uma proposta inusitada feita por Pequim: entregar caças J10C para a Força Aérea Brasileira sem custo direto, em troca do uso da base de Alcântara para lançamentos espaciais. A ideia caiu como uma bomba no cenário militar e diplomático. Afinal, o J10C é um caça de quarta geração avançada (4.5), equipado com radar AESA e capaz de usar o míssil PL-15, considerado equivalente ao poderoso Meteor europeu.
Esses caças ganharam fama quando pilotos do Paquistão conseguiram derrubar aeronaves da Índia, incluindo caças Rafale, de fabricação francesa, usando exatamente o modelo J10C. A proposta dos chineses poderia, na prática, ampliar a frota da FAB com aviões modernos sem comprometer o orçamento já apertado do Ministério da Defesa.
Alcântara: um pedaço de ouro na linha do Equador
Mas por que tanto interesse na base espacial de Alcântara? Simples: sua posição privilegiada próxima à linha do Equador permite lançamentos com até 30% de economia de combustível, uma vantagem técnica cobiçada por qualquer potência espacial. Segundo especialistas da Agência Espacial Brasileira, esse fator reduz drasticamente os custos de missões orbitais, o que atrai tanto países quanto empresas privadas internacionais.
A base, no entanto, é mais do que um trampolim para foguetes. Ela virou peça-chave no xadrez geopolítico entre Washington e Pequim, onde o Brasil precisa jogar com cautela.
Gripen, Tejas e até treinador italiano: o aperto da FAB
Enquanto isso, a Força Aérea Brasileira continua buscando alternativas para modernizar sua aviação de combate. A compra de um segundo lote de Gripen E/F, fabricado pela sueca Saab, está emperrada devido ao alto custo por unidade. Como alternativa, o Brasil já considerou até versões mais antigas do Gripen C/D, o JF-17 paquistanês, o Tejas indiano, e até o FA-346 Master italiano, projetado originalmente para treinamento, mas cogitado para missões de defesa.
Diante desse cenário, a proposta chinesa parece mais atrativa do que nunca. Um caça avançado, com armamento moderno, entregue via permuta, sem a necessidade de abrir os cofres públicos.
E os Estados Unidos, como ficam?
Aqui entra o verdadeiro nó da história. Desde o governo Bolsonaro, o Brasil tem um acordo com os Estados Unidos para permitir que empresas privadas americanas e a Força Espacial dos EUA utilizem a base de Alcântara. Esse acordo prevê o pagamento em dinheiro pelas missões, o que garante recursos para impulsionar o próprio programa espacial brasileiro.
A entrada da China, porém, mudaria esse equilíbrio. Ao trocar o pagamento em dinheiro por caças, o Brasil corre o risco de afastar os norte-americanos e com eles, potenciais investidores privados e aliados estratégicos, como Coreia do Sul, que recentemente também lançou um foguete a partir de Alcântara.
Lula recusa caças e propõe pagamento em dinheiro
Apesar de todos os atrativos, o governo Lula decidiu não aceitar os caças J10C como moeda de troca. A contra-proposta feita a Pequim foi simples: se quiser lançar foguetes de Alcântara, terá que pagar em dinheiro, assim como fazem os norte-americanos. Essa mudança pode custar caro.
Se Washington sentir que está sendo deixado de lado, pode simplesmente abandonar o acordo com o Brasil, o que deixaria a base sob uso quase exclusivo do programa espacial chinês, com menos lançamentos e sem o recebimento de nenhuma aeronave.
Segundo reportagem publicada pelo Poder360, a decisão do Planalto foi tomada com base no potencial de arrecadação direta. No entanto, especialistas alertam que a escolha pode isolar o Brasil num momento em que alianças estratégicas são mais importantes do que nunca.
Riscos e oportunidades: o Brasil na encruzilhada
O dilema agora está sobre a mesa: manter a parceria tecnológica e comercial com os Estados Unidos, com foco em ganhos financeiros e integração com o setor privado internacional, ou apostar no apoio chinês, garantindo caças de ponta e diversificação de fornecedores para a defesa nacional?
Há vantagens em ambas as vias. Manter dois fornecedores de aeronaves e armamentos reduz o risco de embargo em caso de conflito diplomático com um dos lados. Por outro lado, abandonar a aliança com os EUA pode custar mais do que parece, inclusive na credibilidade internacional.
O próprio ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, já alertou em entrevista ao jornal O Globo: “A base de Alcântara precisa de um modelo de negócios transparente e alinhado aos interesses nacionais. Não podemos transformá-la num ponto de tensão geopolítica.”
E agora, Brasil?A decisão sobre o futuro da base de Alcântara ainda está sendo costurada nos bastidores. O Brasil pode e deve se posicionar como um player independente, que negocia com múltiplos parceiros sem se submeter a pressões unilaterais, seja de Washington ou de Pequim? Deixe sua opinião nos comentários