MINISTRO ANTÔNIO PATRIOTA PERDE O CARGO POR CAUSA DA AÇÃO DE RESGATE, o que deixa bem claro que a ação não foi autorizada pela presidente Dilma.
Senador Boliviano FOGE EM CARRO OFICIAL da Embaixada brasileira, escoltado por fuzileiros navais.
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O leitor deve se lembrar que há algumas semanas ecoou por vários sites a notícia de que um avião da FAB havia sido revistado por que o governo boliviano suspeitava que a tripulação pudesse estar oferecendo ajuda a um refugiado político. Pois é, o refugiado em questão se trata do senador Roger Pinto, o mesmo que há poucas horas chegou à capital brasileira, e pasmem, veio para o Brasil escondido em um carro oficial do consulado brasileiro, escoltado por fuzileiros navais
Ha ainda muito que esclarecer nesse episódio, o Governo de Dilma nunca mostrou disposição em se opor ao governo de Evo Morales, e pior, parece cada vez mais submisso aos governos bolivarianos da região. O Itamarati divulgou nota dizendo que poderá aplicar sanções disciplinares aos autores da ação, por isso acredita-se que o resgate foi realizado sem autorização do planalto.
O SENADOR acusa o presidente Evo Morales de envolvimento com o tráfico: "A base do governo de Evo é o setor cocaleiro, que é matéria prima para o narcotráfico. O mundo sabe que em Chapare está a maior quantidade de fábricas de drogas, mas não é totalmente público qual é o destino e onde ela tem os maiores efeitos, que são nos paises vizinhos" afirmou o senador Roger Pinto Molina.
Jornais bolivianos desse domingo deram destaque a fuga e comentaram sobre a falta do salvo-conduto, o que torna a ação ilegal e anti-ética.
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Nenhuma autoridade brasileira divulgou detalhes da operação que trouxe o político até o Brasil, acredita-se que o planejamento foi realizado sob sigilo absoluto, pois o governo da Bolívia ja mostrava desconfiança de que pudesse ocorrer o resgate a qualquer momento (todos se lembram da revista no avião da FAB em território boliviano). O automóvel teria que transpor cinco barreiras policiais e a escolta armada poderia inspirar desconfiança. O senador foi transportado num veículo diplomático até a fronteira da Bolívia com o Brasil, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde embarcou num avião até Brasília, onde permanecerá por tempo indeterminado. Foram mais de 1.600 quilômetros até a fronteira e 22 horas de viagem, com uma escolta de fuzileiros fortemente armados, em Mato Grosso havia policiais federais aguardando pelo Senador.
Segundo as declarações do advogado do senador: “O importante é que resolvemos uma grave questão humanitária e devemos um muito obrigado aos funcionários da embaixada brasileira em La Paz”, resumiu Tibúrcio. O advogado contou que cada detalhe da viagem foi articulado com muita cautela.
Pendenga diplomática
O senador veio para o Brasil salvaguardado pelo governo brasileiro, já que não possui o salvo-conduto da Bolívia (permissão necessária para deixar o país). A aposta de analistas é a de que a Bolívia prepara uma "resposta duríssima" para a saída de Pinto da embaixada, e que em La Paz se considera que houve uma "ruptura" da "confiança" entre ambos os governos. Neste domingo (25), o governo boliviano confirmou a vinda do senador opositor ao Brasil, em um primeiro pronunciamento oficial sobre o assunto, e, em um breve comunicado, tratou Roger Pinto como fugitivo.
"Depois de estabelecer contatos com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o Ministério das Relações Exteriores do Estado Plurinacional da Bolívia informou o público que o Sr. Roger Pinto Molina fugiu do país para a República Federativa do Brasil", diz a nota.{jcomments on}
Senador é acusado de corrupção
Pinto, acusado de diversos crimes de corrupção na Bolívia, refugiou-se na embaixada brasileira em La Paz em 28 de maio de 2012. Após dez dias na embaixada, o governo brasileiro concedeu ao senador o status de asilado político.
Em junho, o político foi condenado a um ano de prisão por um tribunal boliviano, que o declarou culpado de danos econômicos ao Estado calculados em cerca de US$ 1,7 milhão.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse dias depois que o governo da presidente Dilma Rousseff "garantia" a segurança do senador boliviano.
O chanceler também explicou que o governo prosseguia com negociações "confidenciais" com as autoridades bolivianas para tentar solucionar a situação. (Com agências internacionais)
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