No final do ano passado os intervencionistas aos poucos foram desaparecendo das manifestações de rua em São Paulo. Lideranças como Lobão e Bolsonaro fizeram questão de declarar seu repúdio a essa posição, por eles considerada como radical e capaz de gerar combustível para a esquerda taxar os movimentos contra a corrupção de fascismo, golpismo e retrocesso.
Nomes conhecidos da mídia, como Reinaldo Azevedo e até alguns generais da reserva também fizeram declarações contundentes rechaçando os pedidos de intervenção. Após isto parece que resolveram se manifestar de forma independente, com horários e datas diferentes dos demais grupos que se opõem ao governo atual.
Na medida em que os intervencionistas foram se afastando a classe artística e intelectual tem se aproximado do movimento pelo IMPEACHMENT, que cresce rapidamente.
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Clique aqui para seguirGrandes grupos como o próprio Revoltados Online, antes intervencionista, hoje declaram seu apreço por uma solução democrática e estritamente dentro da lei. Marcello Reis, líder do Revoltados, sempre que questionado sobre o assunto, diz que agora o alvo é o IMPEACHMENT da atual presidente. Por conta de sua mudança de foco é bastante criticado nas redes sociais.
Havia uma manifestação intervencionista marcada para 28 de março, seguindo a linha, bastante racional, seguida agora por grupos que pedem intervenção, de se manifestar em datas diferente daqueles que pedem impeachment. Contudo, notamos que ainda não chegaram a 500 presenças confirmadas, e tudo leva a crer que, pela baixa adesão, optaram por se manifestar junto com a população que pede o IMPEACHMENT.
Como sempre falamos aqui, acreditamos que todos podem pedir o que desejarem, inclusive intervenção militar, desde que isso seja feito com ordem e sabedoria. Se a manifestação foi marcada inicialmente para pedir o impeachment há risco sim de que essas pessoas, que certamente estarão em menor número, sejam rechaçadas veementemente.
Algumas lideranças intervencionistas já tem ciência de que sua presença pode causar conflitos e orientam seus liderados para que permaneçam serenos. Veja abaixo.
Por conta do risco de confusão esperamos que as autoridades estejam atentas a essa questão, para que não ocorre nenhum episódio lamentável e que acabe por manchar o mérito das centenas de milhares de pessoas que devem ir para as ruas nesse histórico dia 15 de março de 2015.
Para os intervencionistas o IMPEACHMENT não adiantaria nada, preferem uma intervenção militar que retiraria “todas as lideranças” do poder e definiriam uma data de novas eleições para o executivo e legislativo federais. Já os que desejam o impeachment acreditam que a saída de Dilma e o PT do governo e punição dos responsáveis pelos crimes ocorridos na Petrobrás já seria um grande começo para a moralização do Brasil.
Esperamos que a “voz das ruas” seja entendida, independente dos pleitos ali manifestos, como um grande e sonoro “FORA PT”, e assim se transforme num ponto de virada, numa caminhada irreversível em direção a moralização de nosso país.
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