No ano passado, mais de 200 militares do Exército Brasileiro participaram do Exercício CORE 22 em Fort Polk, Louisiana, nos Estados Unidos. Este ano, a situação se inverte. Conforme publicado anteriormente aqui na Revista Sociedade Militar, mais de 300 militares americanos estão se preparando para se deslocarem para a Amazônia em novembro para participar do Exercício CORE 23.
O Exército Brasileiro, de acordo com o noticiário oficial, está intensificando os preparativos para este exercício de treinamento conjunto com o Exército dos Estados Unidos. Esta será a primeira vez que o exercício ocorrerá na Amazônia, um marco importante na cooperação militar entre os dois países.
Como parte dos preparativos para o Exercício CORE 23, o Exército Brasileiro realizou a Operação Munduruku III, com o 52º Batalhão de Infantaria de Selva conduzindo uma formatura de apronto operacional de sua Força Tarefa.
Além disso, o Comando Militar do Norte acolheu uma comitiva do Exército dos Estados Unidos em maio para verificar aspectos relacionados à saúde e ao bem-estar da tropa que participará do exercício.
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Clique aqui para seguirO Exercício CORE 23 promete ser um evento significativo, proporcionando uma oportunidade para os exércitos brasileiro e americano compartilharem experiências e trocarem conhecimentos sobre doutrina, técnicas, táticas e procedimentos de defesa em um ambiente de selva.
CORE 22
O Exercício CORE 22, realizado na Louisiana, EUA, envolveu a Companhia CORE do Exército Brasileiro e militares norte-americanos do 2/506 Battalion. Na madrugada de 12 para 13 de agosto, a Companhia CORE realizou os preparativos para o assalto aeromóvel, que incluiu diversas atividades como a preparação do material, divisão e embarque das tropas em levas nas aeronaves Chinook e Black Hawk. Após receberem as bênçãos do capelão militar estadunidense, militares de ambos os países embarcaram e prosseguiram no deslocamento aéreo para a área de objetivos. A união e coesão da tropa para cumprir a missão era evidente.
Na madrugada do dia 20 para 21 de agosto, a Brigada Aeromóvel do Exército Brasileiro embarcou mais uma vez nas aeronaves norte-americanas CHINOOK para executar o assalto aeromóvel. As companhias brasileira e norte-americana, denominadas Tiger e Fox respectivamente, atuaram juntas contra a força oponente: Geronimo. O assalto aeromóvel é a operação típica das tropas aeromóveis, que têm alto nível de adestramento. O assalto visa ao envolvimento, à captura ou à destruição de forças inimigas, bem como, à conquista e a manutenção de regiões vitais do terreno para o prosseguimento das ações militares.
Na madrugada de 17 para 18 de agosto, a Companhia CORE teve o enfrentamento com a força oponente, conhecida por “Geronimo”, na atividade denominada Fight Night. O combate foi intenso e durou algumas horas ao longo da noite. Na fase anterior, a tropa brasileira manteve a sua posição defensiva e fez seu planejamento das ações operativas. As técnicas, táticas e procedimentos realizadas durante o Fight Night conferiram êxito para a defesa da posição das tropas brasileiras em solo norte-americano.