A crise entre Venezuela e Guiana, centrada na disputa pela região de Essequibo, destaca o contraste militar entre os dois países. A Venezuela, com um exército de 123 mil militares e equipamentos militares avançados, principalmente de origem russa e chinesa, se posiciona como uma potência regional. Apesar disso, a eficácia de seu arsenal é questionada devido à crise econômica contínua do país.
Por outro lado, a Guiana, sem um exército formal e com apenas 3.400 membros em sua Força de Defesa, depende significativamente da presença de empresas estrangeiras, como a ExxonMobil, para sua segurança. A desigualdade militar entre os dois países é evidente, mas a natureza geográfica da região, com densas selvas, apresenta desafios significativos para operações militares.
Um ponto controverso mencionado no texto de Igor Giolow para a Folha é a suposta vontade de “bolsonaristas” de que o governo brasileiro permita o livre acesso das forças venezuelanas ao Brasil, especificamente a Roraima, como uma rota para atacar a Guiana. Essa ideia, no entanto, é descrita como impraticável politicamente e baseada em boatos sem comprovação. O Ministério da Defesa do Brasil reforçou a fronteira com o envio de militares.

A estratégia mais viável para a Venezuela, liderada por Nicolás Maduro, seria um ataque aerotransportado combinado com um desembarque anfíbio. A capacidade da Guiana de resistir a um ataque sem ajuda externa é questionável, dada a sua limitada capacidade militar.