Segundo a CNN, o General Braga Netto estaria sob discussão interna no Exército Brasileiro para a perda de seu posto de general. A razão? Ele teria chamado o general Freire Gomes de “cagão” por não aderir as supostas tentativas de golpe, o que seria uma transgressão militar que o tornaria “indigno para o oficialato”. Além disso, ele teria incitado oficiais a promoverem uma campanha contra generais que defendiam a posse de Lula.
Fontes militares relataram à CNN que o debate já está em curso. Se condenado, Braga Netto poderia perder seu posto e seus vencimentos de aposentadoria seriam transferidos para sua esposa.
As mensagens obtidas pela PF mostrariam que ele incitou oficiais a promoverem uma campanha contra militares que defendiam a Constituição e a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, teria sido um dos alvos da campanha de Braga Netto.
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Clique aqui para seguirA punição é semelhante a um processo de expulsão ou de morte, conhecida como morte ficta ou presumida, quando o militar é considerado falecido. Isso faria com que sua aposentadoria fosse recebida por sua esposa. Ele seria julgado por um “tribunal de honra” que avalia se sua conduta feriu ou não os valores militares.
O Exército informou à CNN que aguardaria o fim das investigações para se pronunciar oficialmente sobre este caso. A punição ocorre somente se o réu for condenado por crime superior a dois anos pelo Superior Tribunal Militar, que é o caso pelo qual Braga Netto é acusado. O crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito tem pena prevista de reclusão de 4 a 8 anos.