
Publicação da Revista Sociedade Militar diz que a Força Aérea Brasileira deve precisar de pelo menos 18 dias para transportar toda a ajuda humanitária recebida para os brasileiros afetados pelas cheias no sul do Brasil.
São mais de 1.000 toneladas de mantimentos armazenadas nas bases aéreas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A destruição de infraestruturas vitais, como pontes e estradas, agravou a dificuldade de acesso a essas regiões, tornando a distribuição de suprimentos um obstáculo gigantesco.
A logística a ser seguida pelos militares para contornar esses óbices deverá se mostrar muito mais eficiente do que os procedimentos rotineiros, a fim de contornar um cenário apocalíptico até então desconhecido no Brasil. A ajuda material está disponível, mas deve chegar sem demora ao destino.
A propósito disso, é interessante evidenciar um contraste gritante entre duas demonstrações registradas em audiovisual a respeito exatamente de logística. Um desses vídeos foi publicado pelo Exército Brasileiro há alguns anos, e mostra um exercício de uma operação militar. O registro de menos de 3 minutos pode ser visto a seguir.
https://www.youtube.com/watch?v=sQkMmniIxLk
FAKE OU MEME?
Outra matéria da Revista Sociedade Militar mostrou o desabafo do general Hertz Pires do Nascimento, militar encarregado da coordenação das ações humanitárias das Forças Armadas.
Ele conta que foi acusado de ser responsável pela morte de crianças que estavam dentro de um hospital. O militar disse, em entrevista: “por favor, nos ajudem a combater a questão das fake news, porque isso afeta muito o moral daqueles soldados que estão com a água no pescoço trabalhando sem cessar pra ajudar o Rio Grande do Sul.”
Ainda no tema da logística, o segundo vídeo que trazemos foi publicado pelo Jornal Metropoles nesta sexta-feira à tarde. A descrição dos 19 segundos de filmagem é a seguinte: “logística do Exército para carregar caminhão com água vira meme na web. A cena, além de virar meme, rendeu uma onda de críticas no X/Twitter“.
Não foi uma “onda de críticas”, foi um tsunâmi de ofensas e deboches. Nada de anormal nas redes sociais ultimamente, principalmente quando se trata do Exército, Marinha ou Aeronáutica.
Aparentemente são militares carregando um caminhão com garrafas de água, em fila indiana..! Caso seja confirmada a veracidade do registro, a imagem da instituição militar fica certamente ainda mais fragilizada. E, nesse caso, não há como classificar o fato como “fake news”, mas como autossabotagem.
Texto de J.B Reis