A Avibras está em negociações com empresas de três países: Austrália, China e Emirados Árabes Unidos. O objetivo é buscar um parceiro estratégico para investir na empresa, que está à beira da falência, e impulsionar seu crescimento.
Em meio às conversas, o ministro da Defesa, José Múcio, visitará na quinta-feira, 11 de julho, a empresa chinesa Norinco, uma das interessadas na aquisição de 49% das ações da Avibras. No entanto, o negócio ainda está longe de ser fechado e enfrenta a oposição dos Estados Unidos, que já ameaçaram o Brasil com sanções caso a venda para a empresa chinesa seja concretizada.
Visita à Norinco e a desaprovação dos EUA
A visita de Múcio à Norinco é vista como um passo importante nas negociações, mas não significa que o acordo com a empresa chinesa seja iminente. Segundo a Folha de São Paulo, o governo brasileiro ainda precisa avaliar as propostas de todas as empresas interessadas e levar em consideração as preocupações dos EUA.
A principal objeção dos americanos se refere à transferência de tecnologia sensível para a China. Os EUA temem que a Norinco possa utilizar o conhecimento adquirido para desenvolver armas mais avançadas e ameaçadoras. Assim, EUA ameaçam proibir a Avibras de usar componentes americanos, a exemplo do programa Astros, que utiliza comunicações da Harris Corporation.
Além da Harris Corporation, informa a Revista Sociedade Militar, “a Avibras tem outras sete empresas americanas como fornecedoras em sua cadeia produtiva”.
Outras opções em jogo
Além da Norinco, a Avibras também está em conversas com o grupo australiano DefendTex, que havia demonstrado interesse em assumir o controle da empresa. No entanto, o grupo australiano desistiu temporariamente das negociações devido a dificuldades em obter financiamento.
Uma terceira empresa, dos Emirados Árabes Unidos, também se mostrou interessada na Avibras. As negociações com essa empresa, no entanto, ainda estão em fase inicial.