A Operação Lançamento de Armas III, realizada pela Marinha do Brasil, serviu como um importante teste para verificar a eficiência de diversos equipamentos e a prontidão da força naval. A operação mobilizou as fragatas Defensora, Constituição e Liberal, dois caças AF-1 Skyhawk e um helicóptero AH-11B Super Lynx.

Durante o exercício, navios, aeronaves e equipes de fuzileiros navais realizaram diversas manobras e disparos, simulando situações de combate real. A operação, segundo informa o site Info Defensa, demonstrou o alto nível de treinamento dos militares brasileiros.

No entanto, o exercício também revelou alguns desafios que a Marinha enfrenta. Um dos pontos mais críticos é a idade dos equipamentos.

Um dos principais testes foi o disparo de mísseis do sistema Albatros/Aspide 2000, usados para defesa das fragatas da classe Niterói.

Os mísseis Aspide 2000, utilizados pelas fragatas, por exemplo, foram considerados obsoletos pelos padrões atuais. Embora tenham sido modernizados, não possuem a mesma capacidade de alcance e precisão dos sistemas mais recentes.

A Marinha já adquiriu novos mísseis, os Sea Ceptor, que serão instalados nas novas fragatas da classe Tamandaré, mas as fragatas mais antigas ainda dependem dos Aspide 2000.

Outro ponto crucial é a ausência de mísseis ar-ar nos caças AF-1 Skyhawk. Desde o fim dos anos 1990, a Marinha não adquire novos mísseis dessa categoria, limitando os caças ao uso de canhões de 20 mm para combates aéreos.

Essa dependência os torna menos eficazes em confrontos modernos, onde a capacidade de engajar alvos aéreos a longas distâncias é fundamental.

Além disso, contra alvos terrestres, os caças estão restritos a bombas não guiadas e foguetes, uma configuração considerada inadequada para as exigências dos conflitos contemporâneos.

A Operação Lançamento de Armas III mostrou a importância do treinamento e da preparação militar. No entanto, destacou também a necessidade urgente de atualização tecnológica, especialmente em relação aos mísseis e caças, para que a Marinha do Brasil possa enfrentar os desafios modernos de maneira mais eficaz.