Em um ataque aéreo realizado nesta terça-feira (24), forças israelenses mataram Ibrahim Qubaisi, comandante sênior do Hezbollah responsável pelo arsenal de mísseis e foguetes do grupo extremista.
O bombardeio ocorreu na capital do Líbano, Beirute. Tanto o Hezbollah quanto as Forças de Defesa de Israel confirmaram o ataque.
O Comandante-Alvo
Qubaisi era descrito como uma figura de alta importância dentro da estrutura do Hezbollah, especialmente no que diz respeito ao seu poderio militar. Segundo fontes de segurança no Líbano ouvidas pela agência Reuters, o comandante desempenhava um papel crucial no desenvolvimento e comando do armamento de longo alcance do grupo. Sua eliminação representa um golpe significativo na capacidade de resposta do Hezbollah, que há anos mantém tensões militares constantes com Israel.

O Exército israelense, por meio de sua Força Aérea, conduziu o que descreveu como “extensos ataques” no sul do Líbano, mirando instalações do Hezbollah. Os bombardeios destruíram depósitos de armas e lançadores de foguetes apontados contra o território israelense. Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, foi enfático ao declarar que o Hezbollah sofreu danos substanciais. De acordo com Gallant, “o Hezbollah de hoje não é o mesmo que conhecíamos há uma semana. Sofreram golpes em seu comando, seus combatentes e seus meios de luta”.
Em resposta, o Hezbollah disparou foguetes contra uma base militar e outra naval em Israel.
Escalada de mortes no Líbano
Desde o início dos ataques israelenses na segunda-feira (23), o Líbano registra perdas pesadas. De acordo com o governo libanês, 569 pessoas já morreram, incluindo 50 crianças. Além disso, quase 2000 já se feriram nos ataques. Em meio à crescente crise humanitária, o governo libanês pediu aos Estados Unidos que intervenham para parar o conflito entre Israel e Hezbollah. O grupo extremista, que também possui uma ala política e controla algumas regiões do Líbano, é visto como uma das maiores ameaças à segurança na região.
Israel e Hezbollah têm um longo histórico de conflitos, com o episódio mais marcante sendo a guerra de 2006. Recentemente, as tensões voltaram a se intensificar após os ataques do grupo terrorista Hamas a Israel em outubro de 2023, o que desencadeou uma nova onda de violência na região.