O Exército dos EUA está acelerando o desenvolvimento do M1E3 Abrams, a nova versão de seu tanque de guerra principal, para substituir o M1A2. A decisão foi influenciada pela guerra na Ucrânia, que expôs a necessidade de veículos mais leves, eficientes e com maior poder de fogo.
O novo modelo contará com um motor híbrido-elétrico, carregador automático e novas capacidades tecnológicas. O objetivo é reduzir peso, melhorar a autonomia e a eficiência do tanque no campo de batalha. A previsão é que o novo tanque M1E3 esteja operacional em 2030.
Modernização do M1 Abrams
O Exército dos EUA assinou um contrato com a General Dynamics Land Systems (GDLS) para definir os requisitos do novo M1E3. Segundo documento punblicado pelo Serviço de Pesquisa do Congresso, o programa terá um custo estimado de US$ 2,9 bilhões e um prazo de sete anos.

A iniciativa surge após o cancelamento do M1A2 SEPv4, pois “o tanque Abrams não pode mais aumentar suas capacidades sem adicionar peso”. A guerra na Ucrânia também destacou a necessidade de proteções integradas e maior eficiência logística.
Novas especificações: motor híbrido e carregador automático
O M1E3 terá um motor híbrido-elétrico mais econômico e um sistema de carregamento automático para o canhão de 120 mm. A redução de peso e a propulsão híbrida-elétrica são vistas como características-chave para reduzir os requisitos logísticos e os custos, além de aumentar o alcance, reduzir o ruído e a assinatura térmica do veículo.
O M1E3 terá uma série de inovações, incluindo:
- Motor híbrido-elétrico para aumentar a autonomia e reduzir o consumo de combustível;
- Carregador automático e um novo canhão de 120 mm;
- Munições avançadas, incluindo mísseis hipersônicos e guiados;
- Proteção ativa contra drones e armas antitanque;
- Camuflagem para reduzir a visibilidade térmica e eletromagnética;
- Integração com IA e operação conjunta com plataformas robóticas.
“O tanque será mais leve do que nunca”
“Isso reduzirá a quantidade de combustível que precisa ser transportada no campo de batalha e também reduzirá a pegada eletromagnética do veículo. O tanque será mais leve do que nunca e terá um sistema de defesa ativo capaz de destruir drones inimigos com meios cinéticos e não cinéticos”, diz o documento do Serviço de Pesquisa do Congresso.
Outras Mudanças Planejadas
- Novas armas: Canhão de 120mm e carregador automático.
- Munições avançadas: Mísseis antitanque hipersônicos e munições guiadas.
- Proteção aprimorada: Armadura integrada e sistema de defesa ativa.
- Tecnologia de ponta: Inteligência artificial, capacidade de operar com robôs e camuflagem avançada.
Produção e implementação
A produção do M1A2 SEPv3 continuará em ritmo reduzido até a transição para o M1E3. Segundo o documento, os fundos iniciais para o M1E3 virão das linhas orçamentárias existentes do Abrams. O Exército também avalia se a Guarda Nacional e outros aliados poderão receber o novo tanque.
Nos próximos 18 meses, o Exército e a GDLS testarão tecnologias como o carregador automático e o sistema de proteção ativa. O objetivo é tornar o M1E3 “mais leve, mais sobrevivente e eficaz no campo de batalha”.
Segundo as diretrizes do conselho, o exército necessita de um investimento de US$ 2,9 bilhões e um prazo de sete anos para desenvolver uma nova modernização no âmbito do programa “veículo de combate de quinta geração” com as capacidades planejadas.