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Eletronuclear: Brasil barra inspeção internacional em áreas nucleares sensíveis; cortes de R$ 400 milhões, demissões em massa e desvios de recursos para Angra 3 colocam segurança em risco

Tensões com a WANO e desvios de recursos para Angra 3 geram críticas de sindicalistas e especialistas em segurança nuclear.

por Sérvulo Pimentel
13/02/2025
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A Eletronuclear, responsável pelas usinas de Angra 1 e 2, está no centro de uma crise que envolve acusações de cortes drásticos no orçamento de manutenção, reestruturação interna e tensões com a WANO (World Association of Nuclear Operators), organização internacional que supervisiona a segurança e a eficiência de usinas nucleares em todo o mundo.

A empresa enfrenta críticas por supostamente negligenciar as inspeções e recomendações da WANO, além de cortes de R$ 400 milhões no orçamento de manutenção para 2025, o que levanta preocupações sobre a segurança nuclear no Brasil.

WANO: preocupação global ou desentendimento?

A WANO, fundada após o desastre de Chernobyl em 1989, é uma associação apartidária composta por membros dos principais operadores de usinas nucleares do mundo. Sua função é promover a segurança operacional por meio da troca de experiências e melhores práticas. No entanto, a Eletronuclear tem sido acusada de resistir às inspeções da organização, o que gerou preocupações internacionais.

Segundo o Petronotícias, abandonar a WANO seria um caso inédito no mundo e traria consequências severas, como a perda de credibilidade internacional, risco de sanções indiretas pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e dificuldades na obtenção de licenças e financiamentos para Angra 3.

Eletronuclear x WANO: o que está por trás do rompimento?
Eletronuclear barra agência internacional WANO de fiscalização. (Foto: © Divulgação/ Angra 1 da Eletronuclear)

A Eletronuclear, em nota enviada ao Petronotícias, negou qualquer intenção de sair da WANO e afirmou que “jamais recusou qualquer visita da associação”. A empresa destacou que valoriza o trabalho da WANO e que suas usinas operam sob o acompanhamento rigoroso da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e do Ibama. No entanto, fontes internas citadas pelo Petronotícias questionam a transparência da direção da empresa, que é liderada por um advogado sem experiência prévia em energia nuclear.

Cortes que ameaçam a segurança

A crise na Eletronuclear se agrava com os cortes de R$ 400 milhões no orçamento de manutenção para 2025, reduzindo o valor de R$ 800 milhões para R$ 400 milhões. Segundo o Petronotícias, “é impossível manter duas usinas nucleares com segurança com esse orçamento”. Os sindicalistas, em declarações ao jornal O Dia, afirmam que o corte de 50% no orçamento de manutenção tem impacto direto na segurança nuclear e que a empresa está desviando recursos da operação de Angra 1 e 2 para financiar Angra 3 e a extensão da vida útil de Angra 1, projetos que não têm cobertura tarifária.

A Eletronuclear, em sua nota, rebateu as acusações, afirmando que “não há qualquer desvio de recursos das receitas das usinas Angra 1 e 2 para o financiamento do CAPEX de Angra 3”. A empresa também destacou que o novo Plano de Negócios e Gestão (PNG 2025-2029) prioriza a segurança e a eficiência das usinas em operação.

Privatização e sucateamento

A privatização da Eletrobrás, principal acionista da Eletronuclear, é apontada como uma das causas da crise. O Diário da Causa Operária acusa a gestão neoliberal de priorizar o lucro em detrimento da segurança, afirmando que “a administração da Eletrobrás já não guarda compromisso algum, exceto com o lucro dos vampiros que a roubaram”.

Os sindicalistas, em declarações ao O Dia, também criticam a gestão atual, afirmando que a empresa “sobrevivia com a receita das duas usinas por mais de 25 anos”, mas que, após a privatização da Eletrobrás, passou a alegar dificuldades financeiras.

Reestruturação e demissões

A Eletronuclear aprovou um novo organograma que reduzirá o número de cargos de chefia de 116 para 73, com uma economia estimada em R$ 3 milhões anuais.

A empresa também anunciou um plano de demissão voluntária (PDV/PDI) que pode resultar na demissão de 500 funcionários, segundo o O Dia. Os trabalhadores temem que as demissões em massa coloquem em risco a segurança das usinas, já que a mão de obra é altamente qualificada e essencial para a operação segura das unidades.

 

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