O Japão está prestes a revolucionar a aviação militar com o desenvolvimento do Mitsubishi F-X, um caça de sexta geração que promete superar os atuais modelos de quinta geração, como o F-35, e colocar os Estados Unidos em alerta.
Vale lembrar que o F-35 Lightning II, um avião de combate supersônico desenvolvido pela Lockheed Martin, é amplamente reconhecido como um dos mais avançados do mundo. Este caça é utilizado pela Força Aérea dos Estados Unidos, além de militares de mais de 15 países.
Projetado para ser altamente furtivo, o FX incorpora tecnologias de ponta, como materiais absorventes de ondas eletromagnéticas e sigilo baseado em plasma, além de um radar que pode funcionar como uma arma de microondas para neutralizar mísseis inimigos. Com capacidade para carregar até seis armas internamente, incluindo mísseis ar-ar, ar-terra e antibarco, o FX é a resposta do Japão às crescentes ameaças da China e da Coreia do Norte.

O FX: Um salto tecnológico na aviação militar
O Mitsubishi F-X, também conhecido como F-3, é o resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento do Japão, que decidiu buscar uma solução doméstica após os EUA proibirem a exportação do caça F-22 Raptor em 1997. Segundo o site Radio Shiga, o programa F-X foi impulsionado pela necessidade de fortalecer a defesa japonesa diante da expansão militar chinesa e dos programas de mísseis norte-coreanos. Em dezembro de 2022, o Japão uniu-se ao Reino Unido e à Itália no Programa Global de Combate Aéreo (GCAP), integrando o FX ao projeto Tempest britânico.
O FX é projetado para ser supersônico, com um design aerodinâmico e furtivo que promete superar os caças de quinta geração em velocidade, agilidade e eficácia em combate. Além disso, o caça contará com sistemas de radar avançados e aviônicos modernos, destacando-se como uma das aeronaves mais tecnologicamente avançadas do mundo.
Tecnologias de ponta: O que torna o FX único?
O FX não é apenas mais um caça furtivo. Ele incorpora uma série de inovações que o colocam à frente de seus concorrentes. Segundo o canal Hyperspeed ES, o FX possui um radar de microondas capaz de neutralizar mísseis inimigos, uma característica inovadora que pode mudar as regras do jogo em combates aéreos. Além disso, o caça é equipado com materiais absorventes de ondas eletromagnéticas e tecnologia de sigilo baseada em plasma, tornando-o praticamente invisível aos radares inimigos.
Outro destaque é a capacidade de controlar drones wingman, aeronaves não tripuladas que atuam como sensores ou portadores de mísseis, aumentando a eficácia em combate e reduzindo os riscos para os pilotos. O FX também pode carregar até seis armas internamente, incluindo mísseis ar-ar, ar-terra e antibarco, o que o torna extremamente versátil em diferentes cenários de combate.
Motor XF9-1: Potência e inovação
O coração do FX é o motor XF9-1, desenvolvido pela IHI Corporation. Segundo a Sputnik Brasil, o XF9-1 é um motor turbofan de baixo bypass, equipado com pós-combustores, que oferece 16,5 toneladas de empuxo e suporta temperaturas de até 1.800°C. Além disso, o motor gera 180 kW de energia elétrica, alimentando os sistemas avançados do caça.
O XF9-1 foi testado extensivamente e é considerado um dos motores mais potentes e eficientes já desenvolvidos para um caça de combate. Sua capacidade de gerar energia elétrica sem precedentes permite a integração de sistemas de alta tecnologia, como o radar de microondas e os sistemas de controle de drones.
Colaboração internacional: Reino Unido e Itália
O desenvolvimento do FX não é um esforço solitário do Japão. Segundo o Radio Shiga, o país uniu-se ao Reino Unido e à Itália no Programa Global de Combate Aéreo (GCAP), que visa criar um caça de sexta geração interoperável entre as forças aéreas dos três países. Essa colaboração permite o compartilhamento de expertise e recursos, fortalecendo os laços de defesa e promovendo a segurança coletiva na região do Indo-Pacífico.
A parceria também inclui empresas globais como Lockheed Martin, Northrop Grumman e BAE Systems, que contribuem com tecnologias de sigilo e integração de sistemas. Essa colaboração internacional é crucial para garantir que o FX atenda aos mais altos padrões tecnológicos e operacionais.
Impacto estratégico: Uma resposta às ameaças regionais
O FX é mais do que um avanço tecnológico; é uma resposta direta às crescentes ameaças na região. A China, com sua frota de mais de 3.000 aeronaves militares, e a Coreia do Norte, com seu programa nuclear em expansão, representam desafios significativos para a segurança do Japão. O FX foi projetado para enfrentar essas ameaças, oferecendo superioridade aérea e capacidade de defesa avançada.
Segundo o Hyperspeed ES, o FX será integrado às forças aéreas japonesas e americanas, compartilhando dados de sensores em tempo real e operando em conjunto com drones e outras plataformas. Essa interoperabilidade reforça a aliança entre Japão e EUA, garantindo uma resposta rápida e eficaz a qualquer ameaça regional.
Cronograma e custos
O protótipo do FX será revelado em 2025, com o primeiro voo programado para 2028. A produção em larga escala está prevista para a década de 2030, com 90 unidades planejadas para substituir os antigos Mitsubishi F-2. O custo estimado por unidade é de US179 milhões, como programa total custando45 bilhões, segundo a Sputnik Brasil.