Em agosto de 2024, o Exército Brasileiro concluiu a instalação de uma ponte móvel entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, restabelecendo uma conexão vital para a região após a destruição da ponte original devido a uma enchente histórica em maio do mesmo ano. Sete meses após sua inauguração, a estrutura não apenas facilitou o tráfego local, mas também se tornou um símbolo de resiliência e eficiência logística.
A enchente de Maio de 2024 e a resposta do Exército Brasileiro
Em maio de 2024, o Vale do Taquari enfrentou uma das maiores enchentes de sua história, com o rio Taquari atingindo 33,35 metros, superando a marca histórica de 1941. Essa catástrofe natural causou destruição significativa em infraestrutura, incluindo a queda da ponte sobre o rio Forqueta, que conectava Lajeado e Arroio do Meio pela ERS-130.
Em resposta imediata à calamidade, o 3º Batalhão de Engenharia de Combate do Exército Brasileiro, sediado em Cachoeira do Sul, foi mobilizado para construir uma solução provisória que restabelecesse a ligação entre as duas cidades. A operação, denominada Taquari 2, resultou na montagem de uma Ponte Logística biapoiada, Tripla-Simples, com 60,96 metros de extensão e capacidade para suportar até 80 toneladas. Essa foi a estrutura de maior capacidade já lançada pelo Exército Brasileiro.
A construção foi concluída em sete dias, utilizando 14 viaturas e o blindado Socorro Leopard 1 para tracionar a ponte durante a montagem. A estrutura foi liberada para o tráfego em 11 de agosto de 2024, restabelecendo o fluxo de veículos entre as regiões baixa e alta do Vale do Taquari.
Homenagem ao Capitão Elmo Diniz e o legado da ponte móvel
Em março de 2025, a ponte móvel recebeu o nome de “Capitão Elmo Diniz” em homenagem ao veterano da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que, aos 103 anos, representa a bravura dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial. A cerimônia de inauguração da placa contou com a presença de autoridades civis e militares, reforçando a importância de lembrar os feitos históricos da FEB. agoranovale.com.br
Desde sua inauguração, a ponte já permitiu a passagem de mais de 430 mil veículos, destacando-se como um elemento crucial na logística regional. Sua instalação não apenas restabeleceu o tráfego local, mas também fortaleceu a economia e a mobilidade no Vale do Taquari.
Paralelamente, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) iniciou a construção de uma nova ponte definitiva na ERS-130. As obras avançam com o lançamento de vigas e lajes, e a conclusão está prevista para 29 de março de 2025. Essa nova estrutura substituirá a ponte destruída pela enchente e servirá como uma solução permanente para a região.
A instalação da ponte móvel pelo Exército Brasileiro e a construção da nova ponte pela EGR exemplificam a capacidade de resposta rápida e eficiente das instituições brasileiras diante de desastres naturais. Essas iniciativas garantiram a continuidade da mobilidade e do desenvolvimento econômico no Vale do Taquari, reforçando a importância de investimentos em infraestrutura resiliente e da colaboração entre diferentes esferas governamentais e a sociedade civil.
A homenagem ao Capitão Elmo Diniz perpetua a memória dos heróis nacionais e inspira futuras gerações a valorizar a história e a importância da defesa da pátria. A ponte “Capitão Elmo Diniz” permanece como um símbolo de superação e união, refletindo a determinação do povo gaúcho em reconstruir e prosperar mesmo diante das adversidades.
Com a conclusão iminente da nova ponte na ERS-130, a expectativa é que a região fortaleça ainda mais sua infraestrutura viária, promovendo o desenvolvimento sustentável e a integração das comunidades locais. As lições aprendidas com a enchente de 2024 ressaltam a necessidade de planejamento e preparação para eventos climáticos extremos, garantindo a segurança e o bem-estar da população.
Em suma, a resposta eficiente do Exército Brasileiro e das autoridades estaduais à crise de infraestrutura no Vale do Taquari demonstra a importância da colaboração e da prontidão em momentos de emergência, assegurando a resiliência e a continuidade das atividades essenciais para a sociedade.