No primeiro dia de 2025, como publicado em matéria da Revista Sociedade Militar, o presidente chinês Xi Jinping em seu discurso de Ano Novo disse com todas as letras que “ninguém pode impedir a reunificação da China com Taiwan“, dando um aviso claro ao que Pequim considera forças pró-independência dentro e fora da ilha de 23 milhões de pessoas. No ano passado, Pequim intensificou a pressão militar perto de Taiwan, enviando navios de guerra e aviões quase diariamente para as águas e espaço aéreo ao redor da ilha, movimentos interpretados pelas autoridades taiwanesas como um esforço crescente para “normalizar” a presença militar da China.
A China considera Taiwan governada democraticamente como seu próprio território. Mas o governo de Taiwan rejeita as alegações de Pequim e diz que apenas seu povo pode decidir seu futuro e Pequim deve respeitar a escolha do povo taiwanês.
“As pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan são uma família. Ninguém pode romper nossos laços familiares e ninguém pode impedir a tendência histórica de reunificação nacional”, disse Xi em discurso televisionado pela emissora estatal chinesa CCTV.
Hoje, em publicação feita na imprensa local, as falas do presidente chinês praticamente se repetiram, mas agora pela boca daqueles que estão na linha de frente de alguma possível – e cada vez mais provável – ação mais enérgica no âmbito da crise China-Taiwan.
Os militares principiam a dar declarações sobre o tema…
Introdução à lei antissecessão e sua importância
O general Lin Xiangyang disse em simpósio na sexta-feira em Pequim, marcando o 20º aniversário da aplicação da Lei Antissecessão, que nos últimos anos, o Exército de Libertação Popular, tem se concentrado em atingir sua meta centenária definida pelo Partido Comunista da China e tem aprofundado vigorosamente a reforma da defesa nacional e das forças armadas do gigante asiático.
Lin afirmou também que o comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular está pronto e apto a destruir qualquer tentativa de colocar em risco a unidade nacional da China e salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses do país.
Modernização do Exército de Libertação Popular
As Forças Armadas aceleraram seus esforços de modernização, fortaleceram de forma abrangente os exercitadores e treinamentos conjuntos orientados para o combate e encomendaram um grande número de armas e equipamentos de classe mundial.
Tudo isso deu ao ELP uma maior capacidade de vencer guerras informatizadas e inteligentes e o tornou totalmente preparado para lidar com todas as ameaças e desafios trazidos pelo separatismo da “independência de Taiwan” e interferência externa, de acordo com ele.
Em declarações replicadas pelo jornal China Daily, o general Lin Xiangyang asseverou que “se os separatistas da ‘independência de Taiwan’ persistirem em seu curso e até mesmo tomarem ações imprudentes, e se forças externas insistirem em criar tensão e tumulto no Estreito de Taiwan, o ELP, junto com o povo de todo o país, incluindo o povo de Taiwan, tomará todas as medidas necessárias para detê-los e esmagá-los fortemente”, disse Lin.
Posição da China sobre a unidade nacional
O general também afirma que o Exército chinês “recebeu o firme apoio da vasta maioria dos chineses.” De acordo com o militar, o ELP tem “uma vontade inabalável de enfrentar todos os desafios e derrotar todos os inimigos”.
Ele diz que o ELP lutará contra “forças externas interferentes” (sem especificar quais seriam) e contra a “independência de Taiwan”.
“Estamos confiantes e somos capazes de reprimir quaisquer atividades que minem a unidade nacional e dividam o país, e estamos confiantes e somos capazes de salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento”, disse ele.
Preparo militar da China para a “gloriosa” reunificação com Taiwan
Ainda segundo o jornal China Daily, o general salientou que seu comando implementa resolutamente a estratégia geral do Partido para resolver a questão de Taiwan na nova era.
Lin Xiangyang assume firmemente a “gloriosa missão confiada pela história“, mantendo um alto estado de prontidão de combate perene e consequentemente pronto para lutar a qualquer momento.
“Estamos criando meios mais confiáveis e capacidades mais fortes para fazer preparativos militares completos e sólidos para facilitar a reunificação completa da pátria“, enfatizou.