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“O invisível agora é visível”: NASA captura imagem histórica do momento em que jato supersônico quebra a barreira do som; veja a revolução nos céus

XB-1, primeiro jato supersônico civil americano, promete reduzir pela metade tempo de viagens transoceânicas.

por Sérvulo Pimentel
18/03/2025
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A NASA acaba de capturar uma imagem que promete revolucionar a aviação global: o jato supersônico XB-1, da Boom Supersonic, quebrando a barreira do som em um voo histórico sobre o Deserto de Mojave. A foto, tirada em 10 de fevereiro de 2025, mostra ondas de choque invisíveis a olho nu, utilizando uma técnica avançada chamada fotografia Schlieren.

O feito ocorre meses após a Revista Sociedade Militar anunciar, em agosto de 2024, que o XB-1 estava prestes a ultrapassar Mach 1. Agora, o “primeiro jato supersônico civil feito na América” não só quebrou a barreira do som, mas também abriu caminho para uma nova era de viagens aéreas ultra-rápidas e silenciosas.

O voo que mudou a história da aviação

O XB-1, apelidado de “Baby Boom”, atingiu Mach 1,18 (772 mph) durante seu 13º voo de teste, marcando a segunda vez que o jato civil superou a velocidade do som. A imagem divulgada pela NASA e pela Boom Supersonic foi capturada enquanto o avião eclipsava o sol, permitindo que as ondas de choque fossem visualizadas. “Esta imagem torna o invisível visível”, disse Blake Scholl, CEO da Boom Supersonic, em comunicado à imprensa.

Uma fotografia especializada conhecida como imagem Schlieren produzida durante um voo de teste do jato Boom Supersonic XB-1 em 10 de fevereiro de 2025. (Crédito da imagem: NASA/Boom Supersonic)

A técnica de fotografia Schlieren, desenvolvida em 1864, foi aprimorada pela NASA para estudar o movimento supersônico. “Saber para onde o ar está realmente se movendo diz muito sobre o que seu veículo está fazendo, quão eficiente ele é e como você pode melhorá-lo”, explicou Ed Haering, pesquisador da NASA, em 2023.

Contexto: O caminho até o supersônico

A jornada do XB-1 rumo ao supersônico começou a ganhar destaque em agosto de 2024, quando a Revista Sociedade Militar noticiou o segundo voo de testes do jato, que alcançou 445 km/h e 3.170 metros de altitude. Na época, a Boom já havia recebido autorização para voos supersônicos, mas adotou uma abordagem cautelosa, realizando entre 10 e 20 voos subsônicos antes de tentar quebrar a barreira do som.

O jato XB-1 da Boom Supersonic, a primeira aeronave civil a voar em voo supersônico sobre os Estados Unidos continentais.(Crédito da imagem: Boom Supersonic)

Em março de 2025, o IEEE Spectrum confirmou que o XB-1 havia superado Mach 1 pela primeira vez em 28 de janeiro, atingindo Mach 1,122 (1.385 km/h). O teste validou tecnologias críticas que serão usadas no Overture, o avião supersônico comercial da Boom, projetado para voar a Mach 1,7 e reduzir pela metade o tempo de viagens transoceânicas.

Tecnologia que silencia o boom sônico

Um dos maiores desafios dos voos supersônicos sempre foi o estrondo sônico, que levou à proibição de voos comerciais sobre terra firme. No entanto, o XB-1 pode ter encontrado uma solução. Durante o voo de 10 de fevereiro, os dados coletados pela NASA sugerem que o estrondo sônico refratou na atmosfera e nunca atingiu o solo.

“Confirmamos que o XB-1 não fez nenhum estrondo sônico audível”, disse Scholl. Essa descoberta pode abrir caminho para voos supersônicos comerciais sem restrições, permitindo que aeronaves como o Overture operem em rotas transcontinentais.

O futuro da aviação supersônica

A Boom Supersonic já conta com pedidos de 130 aeronaves Overture de companhias como United Airlines, American Airlines e Japan Airlines. O avião, projetado para transportar entre 64 e 80 passageiros, promete reduzir voos como Nova York-Londres de 6,5 para 3,5 horas e Los Angeles-Sydney de 14,5 para 8,5 horas.

Segundo o IEEE Spectrum, o Overture será movido por motores Symphony, que funcionarão com combustível de aviação sustentável e produzirão menos ruído que os jatos convencionais. A Boom planeja iniciar a produção do Overture em sua superfábrica na Carolina do Norte em 2026, com capacidade para fabricar 33 aeronaves por ano inicialmente.

Um marco para a engenharia aeronáutica

O XB-1 é uma obra-prima da engenharia moderna, utilizando materiais como fibra de carbono e titânio para suportar temperaturas extremas. “Algumas partes do avião podem atingir até 307°F (152°C) durante o voo supersônico”, explicou Scholl. Para lidar com o calor, a Boom desenvolveu um sistema de resfriamento que usa o combustível do avião como uma “esponja de calor”.

Além disso, o XB-1 dispensa o design de nariz caído do Concorde, utilizando um sistema de câmeras e realidade aumentada para auxiliar os pilotos durante o pouso e a decolagem. “Estamos usando ferramentas avançadas de design por computador, impressão 3D e novos materiais para fazer o avião mais eficiente e menos custoso de operar”, disse Scholl.

O que vem por aí?

Com o sucesso dos testes do XB-1, a Boom agora se concentra no desenvolvimento do Overture. A empresa espera obter a certificação da FAA e da Agência de Segurança da Aviação da UE até o final da década, permitindo que o avião entre em serviço comercial.

Enquanto isso, a NASA continuará colaborando com a Boom para refinar a tecnologia supersônica. “Esta imagem [do XB-1] é um marco não apenas para a Boom, mas para a aviação civil como um todo”, disse Haering.

Com informações da CBS News, Space.com, IEEE Spectrum, Revista Sociedade Militar e Hyperspeed ES.

Assista ao voo de teste supersônico do XB-1 em tempo real.

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