Uma cena digna da Guerra Fria tomou conta do Oceano Pacífico: um ousado avião russo Il-38 sobrevoou perigosamente próximo ao gigante porta-aviões USS Carl Vinson, da Marinha dos EUA, provocando uma interceptação imediata de caças F-35 e Super Hornet norte-americano. O vídeo viralizou entre especialistas militares, reacendendo alertas globais sobre a tensa disputa geopolítica envolvendo Rússia e EUA—e destacando que o jogo de provocações no ar nunca acabou.
Well well well this is an interesting (and very recent) clip. A Russian Il-38N is escorted by US Navy EA-18 and a F-35 during a pass along the USS Carl Vinson.
📹: ryans_warbirds pic.twitter.com/WTrICaU8Si
— Evert Zandbergen (@EvertWZ) March 24, 2025
O registro raro divulgado recentemente nas redes sociais provocou grande repercussão entre especialistas em defesa e o público geral, mostrando o momento exato em que um avião militar russo modelo Ilyushin Il-38, de patrulha marítima, sobrevoa perigosamente perto do porta-aviões norte-americano USS Carl Vinson, da Marinha dos EUA. Em resposta imediata, um moderno caça F-35C Lightning II, acompanhado por um F/A-18E Super Hornet norte-americano, interceptou o avião da Rússia, gerando um clima tenso que recordou episódios da Guerra Fria.
Vídeo revela encontro militar que viralizou entre analistas internacionais
Nas imagens divulgadas, é possível ver claramente o avião russo Il-38 voando em baixa altitude no Oceano Pacífico, passando muito próximo do porta-aviões Carl Vinson. A situação chamou ainda mais atenção devido à presença ostensiva do F-35C da Marinha americana, que acompanhava de perto cada movimento do Il-38. Especialistas destacam que essa interceptação foi uma clara demonstração de prontidão militar dos EUA, uma vez que o encontro ocorreu em águas internacionais, mas suficientemente perto para ativar procedimentos rigorosos de defesa aérea.
A presença simultânea do caça F/A-18E reforça a tese de que os EUA utilizaram múltiplas camadas defensivas, demonstrando um nível elevado de vigilância e capacidade de reação frente a possíveis ameaças externas.
Poderosa aeronave da Rússia especializada em guerra antisubmarina alarmou Marinha dos EUA
O avião russo Il-38 não é um modelo qualquer. Criado na década de 1960 pela então União Soviética, ele é atualmente uma das principais plataformas aéreas russas destinadas à vigilância marítima, guerra antisubmarina e coleta estratégica de dados sobre atividades navais inimigas. Tecnicamente comparado ao norte-americano P-3 Orion, ele é altamente equipado para detectar submarinos, rastrear embarcações militares e interceptar comunicações sensíveis no mar.
Essa capacidade explica por que a aproximação do avião russo ao porta-aviões norte-americano não foi interpretada pelos EUA como um simples voo de rotina. O USS Carl Vinson, por sua vez, é uma embarcação da classe Nimitz movida a energia nuclear, pesando mais de 100 mil toneladas e considerada uma das peças estratégicas mais importantes da Marinha americana.
Interceptação do avião russo envolveu caça furtivo F-35 e Super Hornet da Marinha americana
Durante a interceptação, o destaque principal coube ao moderno F-35C Lightning II, caça furtivo considerado a aeronave mais avançada operada pela Marinha dos EUA atualmente. Sua presença nessa operação teve um duplo significado: proteger o porta-aviões contra potenciais ameaças e enviar uma mensagem de força e vigilância constante aos adversários geopolíticos, sobretudo à Rússia.
Já o apoio prestado pelo caça multifuncional F/A-18E Super Hornet reforçou ainda mais o recado militar dos EUA, demonstrando claramente a seriedade da situação vivida naquele momento no Pacífico.
Episódio relembra antigos confrontos simbólicos da Guerra Fria
Apesar de não haver confronto físico direto, especialistas afirmam que episódios como esse têm um significado simbólico e estratégico muito forte. Situações semelhantes eram comuns durante a Guerra Fria, período em que aeronaves soviéticas regularmente testavam a capacidade defensiva dos Estados Unidos em regiões críticas, como o Pacífico e o Mar de Barents.
Hoje, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) frequentemente registra incursões semelhantes realizadas por aviões russos nas proximidades da zona aérea de defesa do Alasca. A situação geopolítica no Pacífico permanece tensa, não apenas devido às ações da Rússia, mas também pela presença cada vez mais assertiva da China, transformando essa região em um dos mais importantes palcos estratégicos globais.