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Brasil mira a supremacia militar na América do Sul e ‘parte para cima’ dos países vizinhos com investimento bilionário em defesa para modernizar as Forças Armadas e garantir a segurança nacional

Brasil entra na corrida militar bilionária: com cenário global instável, o país anuncia R$ 112,9 bilhões em investimentos em defesa até 2026 para modernizar as Forças Armadas e garantir a segurança nacional

por Flavia Marinho
01/04/2025
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Em meio a uma nova corrida armamentista global, o Brasil surpreende ao anunciar um investimento bilionário em defesa que promete mudar o jogo na América do Sul. Com R$ 112,9 bilhões destinados à modernização das Forças Armadas até 2026, o país entra com força total no cenário geopolítico, mirando a supremacia militar regional e reforçando sua segurança nacional diante de um mundo cada vez mais instável.

O cenário internacional passa por uma nova era de rearmamento. Em meio a tensões políticas e conflitos em diversas regiões, os países vêm ampliando seus investimentos em defesa como nunca antes. O Brasil, diante dessa realidade, também decidiu dar um salto estratégico no fortalecimento de sua estrutura militar.

Segundo dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz, o ano de 2023 foi marcado por um recorde histórico: quase R$ 13 trilhões foram direcionados para armamentos, tecnologias militares, munições e capacitação de tropas. Esse número representa uma alta de 6,8% em relação ao ano anterior — o maior avanço registrado em 15 anos.

EUA, a maior potência militar do mundo, responsável por 37% dos investimentos globais em defesa

Os Estados Unidos mantêm a posição de maior potência militar do mundo, sendo responsáveis por 37% dos gastos globais em defesa. Ao lado de China e Rússia, formam o grupo de nações que mais investem em poderio bélico. Essa escalada acontece em um ambiente cada vez mais instável, com disputas territoriais, alianças fragilizadas e ameaças à segurança internacional.

Pela primeira vez desde 2009, todos os continentes ampliaram seus orçamentos militares. A África liderou esse crescimento com 22%, seguida pela Europa com 16%, Oriente Médio com 9%, Ásia e Oceania com 4,4% e América com 2,2%. A tendência reflete tanto a necessidade de renovação tecnológica quanto uma corrida armamentista silenciosa.

Crise na Ucrânia acirra disputas e redefine alianças

A guerra entre Rússia e Ucrânia segue como um dos principais catalisadores desse ambiente. O ex-presidente americano Donald Trump, ao anunciar sua intenção de cortar o envio de ajuda militar a Kiev, acendeu um alerta vermelho nos países europeus.

Essa possível reconfiguração da política externa dos EUA visa uma negociação direta com Vladimir Putin, o que despertou desconfiança entre os aliados da OTAN. Muitos líderes temem que um acordo entre Washington e Moscou enfraqueça a posição estratégica da Ucrânia e comprometa a estabilidade regional.

Nos últimos três anos, os Estados Unidos destinaram 64 bilhões de euros em apoio militar a Kiev. A União Europeia, por sua vez, forneceu aproximadamente 62 bilhões de euros. Com a possível saída americana, o bloco europeu foi forçado a assumir uma postura mais ativa, consolidando-se como o principal pilar da defesa ucraniana.

Brasil anuncia pacote bilionário para a indústria de defesa

Diante do novo panorama global, o Brasil deu um passo importante. O governo federal revelou um plano ambicioso de R$ 112,9 bilhões em investimentos militares até 2026. O objetivo é impulsionar setores estratégicos como aeroespacial, defesa cibernética e segurança nacional.

Esses recursos fazem parte da Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil, que visa reduzir a dependência externa e ampliar a capacidade tecnológica do país. Além disso, o setor privado participará com mais R$ 33,1 bilhões, especialmente nos segmentos de defesa e nuclear.

Entre os projetos destacados estão o desenvolvimento de veículos hipersônicos e o reator multipropósito brasileiro, que já recebeu R$ 4,2 bilhões em aportes e contará com mais R$ 331 milhões nos próximos anos.

Forças Armadas serão modernizadas com foco em soberania

A reestruturação das Forças Armadas é um dos pilares desse novo ciclo. A intenção do governo é tornar o Brasil um protagonista na geopolítica internacional, apostando na modernização de equipamentos, no avanço de tecnologias autônomas e no fortalecimento de centros de pesquisa.

Além de impulsionar a indústria nacional de defesa, essa estratégia busca garantir soberania em áreas críticas e consolidar o país como referência em inovação militar na América Latina.

Investimento militar: proteção ou ameaça à estabilidade?

O aumento global dos gastos em defesa levanta debates intensos. De um lado, especialistas argumentam que o fortalecimento das capacidades militares é essencial para dissuadir ameaças e manter o equilíbrio entre potências. Do outro, há quem veja nessa escalada o risco iminente de uma nova corrida armamentista.

Além das implicações geopolíticas, há impactos diretos na economia. Embora o setor de defesa gere empregos e movimente a indústria, os altos custos podem comprometer áreas sociais importantes, como saúde, educação e infraestrutura. Trata-se de um dilema ético e estratégico enfrentado por governos em todo o mundo.

Diplomacia ou confronto: o futuro da segurança global

A crescente militarização de regiões críticas do planeta aumenta a tensão entre países e dificulta soluções diplomáticas. O conflito na Ucrânia, por exemplo, mostra como o fornecimento de armas pode ser essencial à resistência, mas também representa um obstáculo à paz negociada.

O mundo parece estar à beira de uma nova ordem internacional baseada em força e intimidação. As decisões tomadas hoje por líderes e nações terão reflexos diretos na segurança global nas próximas décadas.

Caminho do Brasil será de equilíbrio estratégico

Neste novo cenário, o Brasil busca se posicionar com inteligência. Ao investir na defesa de forma planejada e integrada entre setor público e privado, o país tenta equilibrar suas ambições geopolíticas com a responsabilidade fiscal e social.

O futuro das relações internacionais dependerá da capacidade dos países em alinhar investimentos em defesa com estratégias de diálogo e cooperação. Apenas assim será possível evitar que o avanço militar transforme o planeta em um campo de batalhas sem fim.

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