A corrida tecnológica na área militar do Brasil acelerou após a LAAD Defence & Security 2025, maior feira de Defesa da América Latina. Durante o evento realizado no Rio de Janeiro, uma novidade roubou a cena: o lançamento do drone Condor, conhecido também como projeto Atobá XR. Produzido pela Stella Tecnologia, esse VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) promete revolucionar a capacidade operacional da Força Aérea Brasileira (FAB).
O Condor nasce da parceria estratégica entre a Stella Tecnologia, pioneira nacional em drones militares, e o gigante internacional Grupo Thales. Essa colaboração foi intermediada pela Omnisys Engenharia, subsidiária brasileira da Thales, fortalecendo ainda mais a soberania tecnológica do Brasil.
Novo drone da FAB: Conheça o Condor (Atobá XR)
Com um porte muito superior ao modelo anterior, o Atobá original, o novo drone Condor se destaca pela capacidade tecnológica e pelo salto operacional que representa para a Força Aérea Brasileira. Esse VANT de última geração marca uma nova etapa no desenvolvimento nacional de veículos aéreos não tripulados.
O Condor possui 17 metros de envergadura, 11 metros de comprimento e peso máximo de decolagem (MTOW) de 1.400 kg. Sua capacidade de carga útil chega a 350 quilos, número que triplica o desempenho do Atobá, que até então liderava entre os UAVs da categoria no país.
Para efeito de comparação, o modelo Atobá contava com 11 metros de envergadura, 8 metros de comprimento e capacidade de transporte entre 70 e 150 quilos. Seu MTOW era de apenas 500 kg. O avanço do Condor demonstra o salto tecnológico e industrial do setor de defesa brasileiro.

Drone armado: Condor poderá lançar mísseis poderosos Hellfire
Mas o que faz do Condor uma plataforma revolucionária é sua capacidade de carregar armamentos reais. Sob as asas, o drone dispõe de dois pontos de fixação de cada lado, permitindo o uso de até quatro mísseis classe Hellfire simultaneamente.
Essa configuração permite à Força Aérea utilizar o drone em operações mais ofensivas, além das tradicionais missões de vigilância e inteligência. Com mísseis de precisão, o Condor poderá destruir alvos estratégicos e proteger as tropas no solo.
A versatilidade é reforçada por sua classificação MALE — Média Altitude e Longa Autonomia. O Condor pode permanecer em operação contínua por até 40 horas. Isso garante vigilância prolongada sobre áreas críticas e sensíveis, como o monitoramento das extensas fronteiras do Brasil.
Tecnologia embarcada coloca o Brasil na elite dos drones militares
O Condor vem equipado com tecnologia comparável aos melhores drones do mundo, como o MQ-9 Reaper norte-americano ou o Hermes 900 israelense. Sua estação terrestre de controle é reforçada e permite operações simultâneas de vários drones ao mesmo tempo, com transferência segura e imediata de comando.
O sistema de comunicação possui dupla redundância, com alcance via rádio de até 250 km e alcance ilimitado através de satélite. Essa capacidade garante à FAB controle absoluto das aeronaves em qualquer lugar do planeta.
Confira as especificações técnicas do novo VANT da Força Aérea:
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Envergadura: 17 metros
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Comprimento: 11 metros
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Peso máximo de decolagem: 1.400 kg
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Carga útil máxima: 350 kg
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Motor: 160 HP, movido a gasolina
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Velocidade de cruzeiro: 100 nós (185 km/h)
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Autonomia máxima: até 40 horas de voo
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Altitude operacional máxima: 23.000 pés
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Pista mínima necessária para operação: 600 metros
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Alcance via rádio: 250 km
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Alcance via satélite: ilimitado
Avançados sistemas de vigilância e reconhecimento
Equipado com um sistema frontal giroestabilizado, o Condor pode transportar até 75 kg em sensores de vigilância como câmeras eletro-ópticas, infravermelhas e radares SAR. Nas asas e no centro da fuselagem, há espaço para módulos mais robustos, como sistemas de guerra eletrônica, retransmissores de comunicação avançada e kits específicos para missões militares complexas.
Um computador de voo com tripla redundância garante autonomia total, permitindo operações seguras mesmo em áreas de alto risco ou negadas ao acesso por forças inimigas.
Parceria estratégica fortalece a Defesa brasileira
O acordo firmado entre Stella, Omnisys e Thales não apenas fortalece a Defesa nacional, como também abre espaço para exportações de alta tecnologia para países da OTAN. Em tempos de instabilidade geopolítica global, isso coloca o Brasil como protagonista no mercado internacional de Defesa.
A parceria promove geração de empregos especializados e garante investimentos significativos na indústria aeroespacial do país.
Mercado global de drones militares em expansão acelerada
Segundo dados recentes da Business Research Insights (fevereiro de 2025), o mercado mundial de drones militares cresce entre 15% e 20% ao ano. Esse crescimento é impulsionado pela inovação tecnológica, maior aceitação regulatória e aumento das aplicações militares e comerciais.
Com o lançamento do drone Condor, o Brasil ingressa nesse mercado competitivo com um produto à altura dos maiores players internacionais, colocando-se como forte concorrente em tecnologias de ponta.
Força Aére brasileira pronta para nova era dos drones de combate
O lançamento do drone Condor é um marco histórico para a Força Aérea Brasileira e para toda a indústria nacional de Defesa. O novo VANT oferece à FAB capacidade inédita de vigilância e ataque, permitindo ao Brasil proteger melhor suas fronteiras e atuar com soberania tecnológica em operações estratégicas.
Além disso, com essa tecnologia avançada e parcerias internacionais de peso, o Brasil garante um lugar entre as principais potências do mercado global de drones militares, abrindo caminho para exportações e desenvolvimento contínuo.
Conheça as empresas envolvidas na criação do Condor
Stella Tecnologia: Pioneira no desenvolvimento de drones militares no Brasil, produz aeronaves não tripuladas de grande porte para aplicações civis e militares. Sua especialidade está em projetos modulares com integração avançada de sensores ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento).
Omnisys Engenharia (Grupo Thales): Empresa Estratégica de Defesa certificada pelo Ministério da Defesa brasileiro. Referência mundial em radares de controle aéreo, a empresa recentemente iniciou o desenvolvimento de radares holográficos especializados em detectar drones inimigos.
Grupo Thales: Com sede na França, o Thales é um dos maiores conglomerados tecnológicos do mundo. Presente em 68 países, investe mais de € 4 bilhões anuais em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de Defesa, cibersegurança, inteligência artificial e tecnologias quânticas. Em 2024, gerou € 20,6 bilhões em vendas globais.
O que você achou do novo drone Condor? Acha que o Brasil finalmente alcançou o nível das grandes potências em tecnologia militar? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate!