Moradores da Zona Oeste, em especial do bairro de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro, presenciaram nos últimos dias um espetáculo aéreo incomum. A razão por trás da concentração de tantos caças da Força Aérea Brasileira (FAB) na Base Aérea de Santa Cruz é uma celebração histórica: os 80 anos do Dia da Aviação de Caça, comemorado nesta terça-feira, 22 de abril, segundo informação do Poder Aéreo.
Celebração histórica
A concentração de aeronaves militares incluiu modelos que representam diferentes gerações da aviação de combate brasileira: o novo caça Gripen NG, os F-5M modernizados, os AMX ítalo-brasileiros e as aeronaves A-29 Super Tucano.
“Esses quatro modelos de aeronave simbolizaram a evolução e a diversidade da aviação de combate brasileira”, destacou o canal Gigantes dos Mares sobre o evento comemorativo realizado na Base Aérea de Santa Cruz.

Homenagem especial
Um dos destaques da celebração foi a apresentação de um caça F-5FM com pintura comemorativa especial, celebrando os 50 anos deste modelo defendendo o espaço aéreo brasileiro.
“No caso da comemoração de hoje do dia da aviação de caça, a FAB escolheu por fazer uma pintura comemorativa em um dos seus caças F-5M, marcando os 50 anos do vetor defendendo o céu do Brasil”, informa o Gigantes dos Mares.
Origem da data
O Dia da Aviação de Caça remonta a um episódio heroico da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. Em 22 de abril de 1945, pilotos do primeiro grupo de aviação de caça do Brasil decolaram da Itália para combater forças alemãs.
“Tudo se iniciou em 22 de abril de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, quando na ocasião o primeiro grupo de aviação de caça do Brasil decolou da Itália para atacar as forças alemãs”, explicou o canal do Youtube.
Aquela data marcou “o maior número de missões brasileiras em um único dia, consolidando seu papel na história da aviação de caça do Brasil”, ainda segundo o canal.
Esquadrão histórico
A data comemorada ontem relembra especificamente a atuação do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), conhecido como “Senta a Pua”, que participou ativamente da campanha na Itália durante a Segunda Guerra Mundial.
Os pilotos brasileiros realizaram 445 missões de guerra, totalizando 2.546 horas de voo em operações de combate, escrita e reconhecimento armado, conquistando respeito e reconhecimento internacional.
Modernização contínua
A presença dos diferentes modelos de aeronaves na celebração também serviu para demonstrar a evolução tecnológica da Força Aérea Brasileira ao longo das décadas, destacando o compromisso da instituição com a defesa do espaço aéreo nacional.
O mais recente acréscimo à frota, o caça sueco Gripen NG (denominado F-39 na FAB), representa o futuro da aviação militar brasileira, com capacidades avançadas de combate ar-ar e ar-solo.