IGREJA UNIVERSAL FECHA EM ANGOLA. Acidente grave depois de confusão. “Água consagrada” provocou escorregões no pavimento. https://sociedademilitar.com.br Robson A.Silva – De Revista Sociedade Militar. Resumo: A igreja fez grande campanha para o evento de final de ano, mas não se preparou para o comparecimento de grande número de "fieis". Em um local que somente comportava cerca de 30.000 pessoas compareceram mais de 150.000. A igreja contava ainda com seguranças "amadores", voluntários sem qualquer tipo de preparação para lidar com grande número de pessoas. O evento foi marcado para as 20:00 hs, mas duas horas antes o estadio entava completramente lotado. Quando se iniciaram as músicas a multidão que estava do lado de fora começou a se apressar para entrar pelo único acesso disponibllizado, os fieis que estavam na frente começaram a cair, no chamado efeito dominó, ao mesmo tempo que os seguranças não souberam controlar o fluxo. 13 pessoas morreram e a igreja está sendo penalizada, além de responder a processos que certamente serão abertos após a apuração dos fatos. Atenção, recebemos de leitor a informação abaixo: Governo angolano decidiu também interditar uma série de igrejas “Mundial” bem como a Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém (IEPNJ) por alegado recurso a “práticas similares às da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD)”, que acaba também de ser suspensa por uso de publicidade “criminosa e enganosa”.
Por determinação governamental todas as igrejas universal do reino de Deus de Angola permanecerão fechadas até segunda ordem. A igreja está sendo responsabilizada pela morte de 13 pessoas no “culto da virada”. Segundo informações recebidas, a igreja universal teria colocado mais de 130.000 pessoas em um estádio com lotação para 30.000, ou seja, cinco vezes mais do que o possível.
Segundo nota obtida pelo site https://sociedademilitar.com.br, os Órgãos Auxiliares do Presidente da República, declararam que “perante a gravidade dos fatos que resultaram lamentavelmente a perda de vidas humanas o Executivo decidiu que a matéria dos autos seja remetida à Procuradoria-Geral da República para o aprofundamento das investigações e a consequente responsabilização civil e criminal”. De acordo com as conclusões da comissão de inquérito criada para apurar as causas e origem da tragédia, o incidente ocorrido a 31 de Dezembro de 2012, no Estádio da Cidadela Desportiva, que resultou na morte de 13 pessoas que participavam numa vigília organizada pela IURD, deveu-se à superlotação no interior e exterior do recinto. “A publicidade utilizada para a mobilização dos fiéis foi criminosa e enganosa pois, tal como estabelecem os artigos 14 e 16 da Lei nº 9/02 – Lei Geral da Publicidade, a mesma continha informações falsas, susceptíveis de alarmar o espírito do público e induzi-lo em erro”, indica um comunicado dos Órgãos Auxiliares do Presidente da República, tornado público ontem em Luanda. Segundo o comunicado, em consequência da adesão maciça verificaram-se vários constrangimentos, tais como superlotação do recinto antes da hora marcada para o início da vigília, estacionamento desordenado no interior, exterior e áreas circundantes ao Complexo Desportivo da Cidadela, tendo suplantado a previsão dos organizadores do evento e dificultado a adequação devida das forças de asseguramento, designadamente a Polícia Nacional, Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, Instituto Nacional de Emergências Médicas, Cruz Vermelha e outras. A comissão de inquérito salienta, igualmente, que a organização do evento “em momento algum” comunicou às autoridades a sua previsão de 152.600 pessoas, e que a projecção feita pela Igreja quanto ao número de pessoas para aquele recinto “não foi realista e pecou por excesso”. Sublinha ainda que, de acordo com o cartaz publicitário sobre a vigília da IURD, o evento teria início às 20h00, porém, por volta das 18h00, “os espaços reservados para os fiéis no interior do estádio estavam completamente lotados, tendo a organização ordenado o encerramento de todos os portões, à excepção do portão VIP e do portão número 6, onde uma parte considerável da população afluiu, provocando deste modo uma enorme pressão sobre a entrada”. A referida comissão declarou que as 100 pessoas voluntárias mobilizadas pela Igreja “não tinham preparação para realizar de forma efectiva a assistência médica, pois tinham apenas a incumbência de apoiar, em caso de necessidade, o pessoal do INEMA”. ASSISTA O VIDEO ABAIXO, EM PORTUGUÊS, DE TV ANGOLANA.
“Para permitir a entrada dos populares de forma ordeira, isto é, em fila, a organização abriu parcialmente o portão número 6 e, por volta das 18h30, começaram a ouvir-se cânticos e aclamações no interior, que geraram na população a presunção de se ter iniciado o evento, pelo que entendeu forçar a entrada do portão”, lê-se no comunicado, acrescentando que, devido à pressão exercida sobre o referido portão, os membros da segurança da Igreja que se encontravam do lado interior não resistiram ao fluxo imediato, “verificando-se a queda dos fiéis em cadeia”, agravada pelo declive do túnel de acesso, pela falta de iluminação e pelo pavimento escorregadio em virtude do derramamento da designada “água consagrada” que estava a ser distribuída aos crentes. Fonte: Jornais de Angola. |