General deixa bem claro que o exército não fez nenhum tipo de retratação histórica. O comandante militar do sul, general Carlos Bolivar Goellner, autoridade que representa o Exército Brasileiro em São Borja, negou na manhã desta sexta-feira que a recepção aos restos mortais do ex-presidente João Goulart seja um tipo de retratação, para o general a história não pode ser mudada.

— Nenhum erro histórico. A história não comete erro. A história é a história.

   Alguns políticos ironizaram as declarações do general, querendo deixar claro que ele apenas cumpre ordens de Dilma. Pedro Simon disse: 

— Faz bem o comandante em dizer isso. Ele acerta em citar o regulamento. A presidente manda e ele obedece

O ex-deputado Ibsen Pinheiro foi mais radical e disse que militares devem se calar em relação a política. No momento em que um dos candidatos a presidencia do clube militar defende uma maior atuação política do clube, que é a mais influente agremiação de militares do Brasil, alguns podem entender a declaração como um indireta bem direcionada.

— Eu acho muito bom quando os militares falam só sobre regimento. Fez muito bem o comandante cujo nome eu não sei. Militar é para falar sobre regulamento, regimento, essas coisas. Política é para o povo falar e para os líderes políticos. É isso. Do ponto de vista do regimento, é um ato formal. Do ponto de vista do Brasil, é um grande acontecimento, cívico e emotivo.

    O senador Randolfe, que recentemente se envolveu em uma questão com Bolsonaro parece tentar dizer que o exército foi atropelado pela suposta nova visão da história. Ele disse que João Goulart foi o único presidente da República que morreu no exílio e não teve direito a honras.

__O que se faz aqui é a correção de um grave erro histórico.

— A historia é um trem alegre que atropela todo aquele que a negue.

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